Congresso do Sinsej aprova resolução final

 

Plenário aprovou resolução final após debate I Foto: Aline Seitenfus
Plenário aprovou resolução final após debate I Foto: Aline Seitenfus

Encerrou hoje (14/11) o 1º Congresso do Sinsej. Na última manhã do evento, foram discutidas em plenário, com o conjunto dos delegados, emendas oriundas dos grupos de trabalho, que ocorreram na sexta-feira. Desde quinta à noite, trabalhadores eleitos nos locais de trabalho das prefeituras de Joinville, Garuva e Itapoá ajudaram a formular a política que deve orientar a entidade sindical 2018, quando deverá acontecer o próximo congresso.

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“Esse foi nosso primeiro congresso e ele representa um salto importante na organização da categoria”, disse o presidente do sindicato, Urich Beathalter. “Doravante tenho certeza que teremos congressos ainda mais amplos, muito mais participativos, muito mais ricos”.

A resolução final do congresso situa o Sinsej em um mundo capitalista em ebulição, contra o qual se aprofunda a resistência dos trabalhadores. Ela discute a situação política nacional e se contrapõe a medidas do governo federal que atacam os direitos dos trabalhadores. Em âmbito estadual, o congresso chama as entidades de classe do estado à unidade para enfrentar a destruição dos serviços públicos que vem sido promovida pelo governador Raimundo Colombo. O documento ressalta ainda as semelhanças entre as três cidades representadas pelo Sinsej e relembra que as conquistas obtidas até o momento são resultado da organização e luta da categoria, principalmente nas duas últimas gestões.

No final da resolução, há um “plano de lutas geral em conjunto com a classe trabalhadora”, com reivindicações como a revogação das reformas da Previdência; contra qualquer tipo de terceirização; arquivamento da Lei Anti-terror; redução de jornada sem redução de salários; estabilidade no emprego; entre outras. Também se discutiu a antecipação das campanhas salariais de 2016 e pontos que serão incluídos nas pautas de reivindicação.

Também foram aprovadas resoluções sobre a comunicação e formação do sindicato, moções sobre o Ipreville, Câmara de Vereadores, acessibilidade nos equipamentos públicos municipais e em defesa de professores e alunos de São Paulo, que protestam contra a destruição do ensino público levada a cabo governador Geraldo Alkimin.

Debates importantes

Na sexta-feira à tarde (13/11), foram realizadas duas palestras, seguidas de debate. A primeira, sobre criminalização dos movimentos sociais, foi conduzida pelo secretário de organização da APP Sindicato – Curitiba Norte, Fabiano Stoiev, e concluída pelo advogado da Fábrica Ocupada Flaskô, Alexandre Mandl. A segunda, sobre a terceirização do serviço público, com o presidente do Sintrasem, de Florianópolis, Alex Santos.

Fabiano começou lembrando sobre a criação, pelo governo federal, da lei antiterrorismo. Quando aprovada, até mesmo movimentos sindicais poderão ser classificados como ato de terror. Ele relatou também como foi a repressão sofrida pelos professores do Paraná no enfrentamento com a polícia, com o Estado, no dia 29 de abril. “Não era somente contenção”, disse ele. Alexandre concluiu falando sobre o caráter de classe do Judiciário explicando a criminalização do movimento sindical: “Como o Estado se posiciona? Para que lado a Justiça pende? São dois lados, dois pesos e duas medidas”.

Já Alex, iniciou fazendo um relato sobre a terceirização no país e na administração pública como forma de reforma do Estado. Para ele, a implantação do estado mínimo atribui a responsabilidade financeira e administrativa de vários serviços públicos para a sociedade civil. “O objetivo da terceirização não é melhorar o serviço, mas aumentar a faixa de lucro”, falou Alex.

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