Trabalhadores e juventude paralisam em Joinville

O dia 22 de setembro de 2016 foi marcado por paralisações em todo o Brasil. Servidores municipais de Joinville e Itapoá, bem como trabalhadores em educação do estado e jovens, também foram às ruas, protestar contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo de Michel Temer.

A partir das 9 horas, servidores, movimento Liberdade e Luta, União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Ujes), grêmios estudantis e dirigentes sindicais de diversas categorias reuniram-se na Praça da Bandeira. A presidente do Sinsej, Mara Lúcia Tavares abriu o evento com um informe sobre a atual situação política do país.

Mara falou sobre os projetos e reformas que o governo busca aprovar, com o objetivo de tirar ainda mais direitos dos trabalhadores. Representantes do Sinte e da Liberdade e Luta falaram sobre a Lei da Mordaça, que busca calar os professores em sala de aula, representando um retrocesso para o ensino no país.

Ainda durante o ato, foi aprovado o envio de uma moção para a CUT dizendo que não é possível nenhuma negociação de contrarreformas com esse governo, com o presidente da Câmara dos Deputados e com o Senado. “Nós somos a classe trabalhadora, nós queremos serviços públicos, gratuitos e para todos, não à flexibilização e às reformas”, disse a diretora do Sinsej Flávia Antunes.

Trabalhadores e jovens lotaram o auditório do Sinsej para discutir Previdência | Foto: Kályta Morgana de Lima

Como encerramento das atividades da manhã, foi feita uma caminhada até a sede do sindicato. Durante a passeata, uma carta à comunidade foi panfletada relatando os motivos da paralisação. Às 14 horas, o advogado previdenciário Luiz Gustavo Rupp palestrou no Sinsej sobre a Reforma da Previdência para um plenário lutado de trabalhadores e jovens.

 

Conheça os ataques

Entre algumas das questões que o presidente Michel Temer já afirmou que quer acelerar estão:

  • Reforma da Previdência, com a fixação de idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres em 65 anos, fim da aposentadoria especial de professores e rebaixamento do piso salarial para abaixo de um salário-mínimo;
  • Implementação da lógica do negociado sobre o legislado, permitindo que a pressão dos patrões e sindicatos pelegos derrubem direitos previstos em lei federal, como teto de jornada, hora-extra, 13º salário, férias etc.;
  • Imposição de teto para gastos públicos para garantir o pagamento da dívida pública – já pagas muitas vezes. Isso causará cortes brutais no já precário atendimento de saúde, educação, moradia, infraestrutura, entre outras áreas do serviço público do país. Também impactará na carreira e na contratação de servidores;
  • Privatizações e terceirizações do patrimônio e dos serviços públicos, para escoar ainda mais dinheiro do povo para o bolso de grandes empresários;
  • Renegociação da dívida dos estados com a União, com a imposição da limitação de gastos que irá sacrificar os servidores e os serviços públicos.

Muitas dessas medidas não são novas, já vinham sendo planejadas pelo governo Dilma, mas agora são amplificadas por Temer. Dilma deixou para o atual presidente um ótimo instrumento de repressão, a Lei Antiterrorismo – que não combate realmente o terrorismo, mas as manifestações democráticas de quem ousa se opor. O Sinsej sempre se manifestou contra as medidas de Dilma que prejudicavam a classe trabalhadora e agora chama toda a categoria a também se opor às propostas nefastas de Temer. Todas essas questões impactam diretamente na vida e na carreira dos servidores públicos, assim como os mais de 50 projetos que tramitam no Congresso Nacional propondo a retirada de direito dos trabalhadores.

Fora Temer e o Congresso Nacional!
Por uma Assembleia Popular Nacional Constituinte!
Por um governo dos trabalhadores!
Abaixo a Lei da Mordaça!

Confira as imagens do evento

Trabalhadores E Juventude Paralisam Em Joinville

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