Defender o serviço público e nossos direitos

Avança no Congresso Nacional a PEC 241. Esse projeto emenda a Constituição da República, impondo um congelamento dos gastos do governo pelos próximos 20 anos. Na prática, é o início do desmonte dos serviços estatais, principalmente Saúde e Educação, haja vista que não haverá mais investimentos nessas áreas. Essa proposta afeta diretamente a vida de toda a população trabalhadora, que utiliza diretamente os serviços públicos, além de representar um duro ataque à carreira, salários e qualidade de vida de todos os servidores públicos.

A PEC 241 se soma ao PL 257. Este último, ao tratar de renegociação de dívidas dos estados com a União, ataca salários, estabilidade, carreira e benefícios dos servidores. Uma obra completa para ampliar a entrega dos serviços públicos aos grandes empresários e rebaixar os direitos gerais de toda a classe trabalhadora.

É preciso resistir

Esses projetos não entraram agora no Congresso Nacional. Tarda, portanto, uma reação à altura do conjunto do movimento sindical e da população que será afetada com as medidas. Por isso, o Sinsej vem, desde há muito tempo, alertando nossa categoria para os perigos que se avizinham. Também fazemos um combate incessante junto à Central Sindical e a todos os sindicatos, chamando para a Unidade, Organização e Luta para além do nosso umbigo, para além dos servidores. É preciso uma reação em cadeia, que mova o conjunto dos sindicatos e dos trabalhadores brasileiros – independente do governo ou do partido político no poder.

Certo é que, sem um amplo movimento dos trabalhadores, será muito difícil barrar projetos como os citados acima. E sempre é bom lembrar que eles são apenas a ponta do iceberg. Ao todo, são mais de 50 projetos que retiram nossos direitos e que tramitam nesse momento no Congresso.50-projetos1

Mobilização Nacional

No último dia 22 de setembro, havia uma orientação nacional para que todas as entidades sindicais chamassem suas categorias a paralisarem e realizarem atos unificados. Em Joinville, fizemos uma bonita manifestação, com participação de alguns sindicatos e organizações estudantis e juvenis. Porém, ficou claro que grandes e tradicionais entidades do movimento operário não aderiram e não pautaram a mobilização em suas bases.

Agora, a CUT chama para o Dia Nacional de Luta Contra o Desmonte do Estado, a ser realizado dia 5 de outubro. Uma convocatória feita às pressas, distribuída por e-mail, sem um amplo esforço de organizar isso nas bases dos sindicatos. Está corretíssimo chamar para a unidade nacional e para atos coletivos. Porém, é preciso fazer isso com a seriedade, firmeza e organização que o momento exige.

A diretoria do Sinsej, ao tomar conhecimento deste chamado, discutiu a possibilidade de adesão. Infelizmente, constatamos que não há espaço de tempo necessário para visitar todas as unidades e fazer uma boa discussão com toda a nossa categoria. Também não percebemos nenhum movimento de outros sindicatos da cidade nesse sentido. Por isso, de forma responsável, decidimos chamar o Conselho de Representantes para uma reunião no próximo dia 13 de outubro, às 14 horas, na sede do sindicato. Será a oportunidade de, para além da direção do sindicato, pensarmos coletivamente como vamos organizar nossa intervenção e participação numa luta nacional, ampla, firme e coletiva contra todos os ataques aos direitos dos trabalhadores e ao serviço público.

Também lançamos desde já a convocatória para o Seminário Contra o Desmonte da Previdência Social e Contra a Retirada de Direitos, que acontece em 22 de outubro e para o qual convidamos todos a se inscreverem. Além disso, no dia 25 de outubro faremos uma grande assembleia, ocasião em que discutiremos as questões nacionais, mas também abordaremos as questões locais, como o pagamento do próximo recesso de fim de ano, o calendário letivo 2017, entre outros assuntos.

Eleja seu representante

Se sua Unidade de trabalho ainda não elegeu o representante, pedimos que isso seja feito imediatamente. Reúnam seus colegas de trabalho, discutam o nome que irá representá-los, preencham e assinem a ata de eleição de representantes. Salientamos que para a reunião do Conselho do próximo dia 13 existe liberação do ponto. O representante eleito agora poderá trazer a ata no dia da reunião.

Seja para as demandas próprias da nossa categoria, seja frente a toda a conjuntura nacional, mais do que nunca precisamos de um sindicato forte e combativo. Isso passa, necessariamente, pela construção deste Conselho – uma ferramenta viva de discussão, organização e luta dos servidores municipais.

Direção do Sinsej

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