Contra o fechamento de turmas no Paranaguamirim
Nesta quinta-feira (27/10), trabalhadores, pais e alunos da Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender, no Paranaguamirim, manifestaram-se contra o fechamento de turmas de nono ano anunciado para 2017. Dois atos aconteceram, nos períodos da manhã e tarde. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) e a União Joinvilense de Estudantes Secundaristas (Ujes) apoiam o movimento. No dia 3 de novembro acontece uma assembleia, às 17h30, em frente à escola. Este é o prazo dado pela comunidade à Prefeitura para resolver a situação.
Esta semana, a Secretaria de Educação de Joinville informou que, em 2017, pretende transferir as oito turmas que atualmente cursam o oitavo ano na Escola Nilson W. Bender para a Escola Estadual Marli Maria de Souza, deixando de ofertar a última série do ensino fundamental na unidade.
O anúncio desagradou a comunidade escolar, que denuncia a falta de salas na unidade estadual para comportar os mais de 200 alunos que precisarão ser transferidos. A estudante Edna dos Passos, 13 anos, que cursa o oitavo ano na Escola Nilson W. Bender, conta que precisará percorrer quatro quilômetros diários para estudar na instituição estadual. “Quero o direito de me formar nesta escola onde estou desde o primeiro ano”, falou.
Para o Sinsej, esta é uma das ações da Prefeitura, em consonância com o Estado, para fechar salas de aula e escolas, diminuindo custos com a educação. O diretor do sindicato, Ulrich Beathalter, ressaltou que nacionalmente o governo federal impõe a medida provisória 746/2016, que reforma o ensino, prejudicando a educação pública brasileira. Também lembrou que já foi aprovada na Câmara dos Deputados a PEC 241, que congela gastos com os serviços públicos pelos próximos 20 anos. Este ano, o governo do Estado fechou mais de 50 turmas na região. Para 2017, anunciou o fechamento de cinco escolas.