Querem nos dividir para aprovar a Reforma
A paralisação dos servidores de Joinville e Itapoá no dia 28 de março está mantida. O recuo de Temer em relação à Previdência dos servidores estaduais e municipais anunciado ontem (21/3) não deve enfraquecer nossa luta. Esta é uma manobra para dividir a classe trabalhadora. Após a grande pressão exercida pelas ruas – sobretudo com as manifestações do dia 15 – Temer deixa claro que cabe agora aos governos estaduais e municípios a aplicação da Reforma da Previdência.
Assim, ele tenta desmobilizar as categorias de servidores públicos, que são as mais organizadas do país neste momento. Temer atacará primeiro os trabalhadores do regime privado e os servidores federais, depois, cada um de nós, enfraquecidos e divididos. Ao mesmo tempo, transfere seu ônus político para governadores e prefeitos.
A necessidade deste recuo estratégico de Temer é, sem dúvida, um sinal de que a pressão dos trabalhadores já exerce seu efeito sobre este governo débil e cambaleante. No entanto, é preciso continuar firme em nossa mobilização. Esta é a hora de intensificar a luta até que a Reforma da Previdência seja definitivamente enterrada, junto com esse governo e seu projeto de ataque aos trabalhadores brasileiros.
Encontro Nacional da Classe Trabalhadora
Para além da nova paralisação em 28 de março, as assembleias de Joinville e Itapoá realizadas na última segunda aprovaram elaborar um manifesto dirigido ao conjunto do movimento operário brasileiro, propondo a organização de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora. Num momento de tantos ataques à classe trabalhadora, ressalta-se a responsabilidade que os servidores municipais de Joinville, Garuva e Itapoá têm nesse sentido, como uma das maiores categorias do Estado.