CUT reúne dirigentes para discutir greve geral
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) chamou uma reunião com a direção nacional para hoje, 28 de março. Os dirigentes se encontrarão em Brasília e deverão decidir a data de início da greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária e a terceirização – encaminhadas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, foi eleito no último Congresso da Central como integrante da direção nacional. Ele participará da reunião em Brasília e tem como tarefa cobrar da Central a construção organizada de uma greve geral – e não somente um chamado através de gabinete. Uma greve geral se constrói em cada local de trabalho, nas ruas, no chão de fábrica, nas escolas. Para isso não basta marcar data. É preciso arregaçar as mangas e iniciar o trabalho.
O governo federal prepara um pacote com cortes que representam um retrocesso de séculos aos trabalhadores. A saída para barrar e reverter o que já foi aprovado, caso do texto base do projeto da terceirização, é a construção séria, desde as bases, de uma greve geral, uma greve de massas.
Encontro Nacional da Classe Trabalhadora
A principal defesa de Ulrich será para que os dirigentes presentes na reunião assinem o manifesto que convoque imediatamente o Encontro Nacional da Classe Trabalhadora. Esse Encontro deverá agrupar representantes de sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais em uma plenária para decidir os rumos e meios para preparar a luta contra os ataques e pela derrubada de Temer e do Congresso Nacional.
A construção da greve geral só será possível com a unidade, organização e luta dos trabalhadores. “Os encaminhamentos e decisões devem ser tomadas por quem tem o poder de derrubar o que está colocado hoje e dar de fato um novo rumo para o país”, disse Ulrich.
Além disso, Ulrich cobra da direção da CUT mais do que um discurso firme de que não negocia direitos em troca da Taxa Confederativa. A CUT, por princípio, é contra qualquer cobrança compulsória que afete os trabalhadores. Por isso, esse é o momento de reafirmar e exigir o fim do Imposto Sindical, das Taxas Assistenciais e de qualquer financiamento aos sindicatos que não seja fruto apenas das mensalidades dos associados. Conforme o diretor do Sinsej, “a CUT deve exigir a completa independência sindical, com o fim das taxas compulsórias a não-associados, o fim da tutela do Estado, o fim da Unicidade e o reconhecimento da legitimidade da Central para assinar Acordos e Convenções coletivos”.