Trabalhadores contra reformas de Temer
Hoje pela manhã os servidores municipais de Joinville e Itapoá foram novamente às ruas para protestar contra as reformas propostas pelo governo Temer. Juntaram-se à paralisação, líderes sindicais de Joinville, movimentos sociais e estudantis. A luta de todos é contra a Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e a aprovação do projeto da terceirização sem limites.
O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, abriu o ato na Praça da Bandeira fazendo um relato sobre as reformas e a terceirização sem limites (PL 4.302), que já foi aprovada pelos deputados federais. Sem limites porque permite a contratação para atividades-fim, como professores e enfermeiros, o que representa do fim do serviço público. Já a Reforma Trabalhista destruirá o que ainda resta de regras em favor dos trabalhadores.
A Reforma da Previdência – que iria à votação no dia 28, mas foi suspensa devido às manifestações em massa do dia 15 de março – coloca um fim à aposentadoria dos trabalhadores. “Dizer que é uma mudança, é bondade. Destrói a nossa aposentadoria. O projeto de Temer parte do princípio de que antes dos 65 anos ninguém se aposenta neste país. Já se imaginou trabalhando até essa idade?”, perguntou Ulrich.
Seguiram-se diversas falas contra essas propostas absurdas do governo federal. Dirigentes também falaram da construção da greve geral no país, para barrar os retrocessos.
Em seguida, aos gritos de Fora Temer e o Congresso Nacional, foi realizada uma passeata pelo centro da cidade, até em frente à Prefeitura.
Greve Geral
Nesta semana, a CUT e demais centrais sindicais anunciaram um dia de greve geral para 28 de abril. O Sinsej defende que esta data seja o início da greve geral e vai continuar o combate junto aos sindicatos para que isso aconteça. Além disso, o Sinsej defende também a realização de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora, que reúna sindicatos, estudantes e movimentos sociais, para organizar a greve geral e o combate contra todos os ataques.
Assembleias serão realizadas com os servidores de Joinville, Garuva e Itapoá para deliberar sobre a construção e participação no movimento.
Campanha Salarial
Durante o ato, foi lembrado ainda que a categoria está em Campanha Salarial. As pautas de reivindicações já foram protocoladas, mas até o momento não houve abertura das mesas de negociação. A direção do sindicato aguarda a confirmação de reunião dos prefeitos e informa que os dias paralisados serão negociados nessa oportunidade.