Solidariedade ao professor Adilson Mariano

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Mariano sempre apoiou as lutas dos servidores municipais I Foto: Francine Hellmann

O professor e ex-vereador Adilson Mariano, que exerceu seu mandato de 2001 a 2016 e sempre esteve ao lado dos trabalhadores, precisa neste momento da solidariedade da classe. Ele tem sido perseguido pelo governo do Estado, por meio de um processo administrativo ilegal, que o impede de retornar à sala de aula. O Sinsej já enviou moção ao governo repudiando este absurdo e convida cada trabalhador a se manifestar.

Mariano participou de todas as lutas dos servidores municipais de Joinville. Esteve ao lado da categoria na tribuna da Câmara de Vereadores, nas assembleias, atos e greves. Não faltam exemplos de oportunidades em que o Sinsej pôde alertar a categoria sobre ataques ao serviço público que tramitavam na Câmara graças ao comprometimento de seu mandato com os trabalhadores. O ex-parlamentar também esteve à frente de lutas históricas em defesa do serviço público, contra o monopólio do transporte, contra o fechamento de postos de saúde, contra aumento de tarifas públicas, entre muitas outras.

Ao lado de sua categoria, como servidor do Estado, criticou abertamente o governo Raimundo Colombo pelas péssimas condições da educação pública, endossou a campanha “Inimigos da Educação” realizada pelo Sinte contra os deputados que votaram a favor da destruição do plano de carreira do magistério e tem sido atuante nas atividades do sindicato.

Ao longo desta trajetória, Mariano acumulou vários inimigos que agora tentam impedi-lo materialmente de sobreviver e continuar lutando ao lado dos trabalhadores e da juventude. Para manifestarem-se contra esta injustiça, os servidores estão convidados a enviar moções de repúdio ao governo do Estado. Neste link, há um modelo de documento e a indicação de outras formas de ajudar.

Histórico

Mariano prestou concurso para professor da rede estadual em 2001 e lecionou no período noturno de 2004 a 2008, quando solicitou licença não remunerada para melhor exercício de seu mandato. Esse direito é garantido pela Constituição Federal e pelo Estatuto do Magistério Público Estadual do Estado de Santa Catarina. Ele é válido enquanto durar o mandato.

No entanto, em 2014, foi surpreendido com uma ordem de retorno. De acordo com o Estado, a licença concedida teria sido para “interesses particulares” e, por isso, havia um prazo para voltar. O então vereador recorreu da decisão, mas teve um processo administrativo aberto contra ele. Após as eleições de 2016, em que não foi reeleito, solicitou retorno ao seu posto efetivo. Em março de 2017, foi informado de que o processo teria sido arquivado e que deveria retornar ao posto de trabalho. No documento de conclusão final da Comissão Administrativa, o erro do Estado de Santa Catarina foi reconhecido. A decisão foi publicada em diário oficial, com a assinatura do secretário de Educação Eduardo Deschamps, em 13 de fevereiro.

Por determinação da Gerencia Regional de Educação, Mariano apresentou-se em sua Escola Engenheiro Annes Gualberto, no Iririú, onde começou a lecionar para as turmas do Ensino Fundamental. Seu acesso ao sistema para lançamento de notas, porém, não foi liberado e, em 24 de abril, Mariano foi informado que o processo administrativo havia sido “reaberto” sem maiores explicações. Mesmo assim, entregou toda a documentação dos estudantes (fechamento de notas) para que a comunidade escolar não fosse prejudicada, ainda que não tenha recebido nenhum salário desde janeiro.

Tal atitude do governo seria inaceitável para com qualquer trabalhador e parece ainda mais estranha tratando-se de um conhecido dirigente político, que enfrentou inúmeras vezes os poderes estaduais e municipais. Não é possível aceitar este retrocesso.

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