Contra o fechamento de escolas estaduais e a municipalização do ensino

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Foto: Kályta Morgana de Lima

Na última sexta-feira (10/11), foi realizado um ato na Praça da Bandeira, em Joinville, contra o fechamento e a municipalização de escolas estaduais. A mobilização foi organizada pelo sindicato dos professores estaduais, Sinte/Joinville, e teve o apoio do Sinsej e da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Ujes).

O governador Raimundo Colombo promove um desmonte na educação em toda Santa Catarina. Nos últimos anos, 11 escolas foram fechadas ou municipalizadas no norte do Estado. A previsão para 2018 é de que mais 19 unidades sejam fechadas. Em Joinville, seis escolas serão atingidas e uma será transformada em colégio militar.

A evasão escolar é o principal problema e afeta diretamente jovens que precisam trabalhar. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2015, 60 mil jovens estão fora das salas de aula, somente em Santa Catarina.

Outro problema é a municipalização, que responsabiliza a cidade por manter estrutura e profissionais. Muitos municípios não conseguem ofertarem sozinhos esse direito da população. Em Joinville, por exemplo, os servidores encerraram uma greve onde se denunciava a falta de profissionais e de estrutura física para receber os estudantes.

Reforma do Ensino

Santa Catarina tem sido usada como um laboratório para a Reforma do Ensino. Aprovada ano passado, em âmbito federal, ela representa o retrocesso de séculos na educação pública e universal como conhecemos atualmente.

A Reforma restringe o acesso do estudante a várias disciplinas e ao conhecimento. As únicas matérias que o Estado será obrigado a ofertar serão português, inglês e matemática. Também será permitida a terceirização de disciplinas e professores, bem como a instauração do notório saber – desobrigação de formação superior para lecionar. O ensino integral, por sua vez, além de não ter critérios claros de implementação, ignora a realidade do estudante trabalhador.

De acordo com o Sinte, em Joinville, três escolas já se adaptaram à Reforma: Presidente Médici, Annes Gualberto e Senador Rodrigo Logo. Nesta última, não funcionou. Existe a previsão de que 10 unidades escolares passem a aderir ao novo funcionamento em 2018.

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Estudantes em protesto pela educação | Foto: Kályta Morgana de Lima

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