Servidores do PA Leste protestam contra falta de condições de trabalho

Servidores enfrentam sobrecarga | Foto: Francine Hellmann
Servidores enfrentam sobrecarga | Foto: Francine Hellmann

Situação levou à agressão de uma trabalhadora

Os servidores do Pronto Atendimento (PA) Leste de Joinville manifestam-se durante esta quarta-feira (28/2) em protesto por melhores condições de trabalho. Na noite de segunda-feira, uma trabalhadora do local foi agredida pela acompanhante de um paciente, gerando uma onda de revolta nos demais funcionários do local. Por volta das 10 horas da manhã de hoje, eles paralisaram por meia hora. O mesmo deve ocorrer durante o segundo turno, às 15 horas.

O PA Leste está operando com superlotação. A média de atendimento diária é atualmente de 600 pacientes. Na segunda, cerca de 690 pessoas foram atendidas. Esta realidade não é diferente no PA Norte. O PA Sul, que se encontra em obras, está com atendimentos reduzidos. Apenas 25 funcionários por turno são responsáveis por toda esta demanda. Na noite da agressão, havia apenas duas enfermeiras e dois médicos.

Manifestação também acontecerá à tarde | Foto: Francine Hellmann
Manifestação também acontecerá à tarde | Foto: Francine Hellmann

Também faltam medicamentos em toda a rede municipal de saúde. Entre eles: Diosmina, Omeprazol, Losartana, Furosemida, Metformina, Carvedilol, Cefalexina, Dipirona, Espironolactona, Estriol, Soro Nasal, Beclometasona, Alopurinol, Carvedilol e Propatilnitrato. Além disso, não há regularidade na reposição de fraldas geriátricas desde novembro de 2017. Nas três regionais da atenção básica – Centro, Sul e Norte – faltam medicamentos psicotrópicos.

“Acreditamos que essa situação não é um caso isolado, mas de uma crescente revolta da população, que não encontra a estrutura adequada, medicamentos e o atendimento de suas necessidades”, afirma o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), Edson Tavares.

Os servidores exigem a contratação de mais pessoal, segurança, reposição de materiais e remédios faltantes, bem como o fim do assédio moral. Na próxima segunda-feira, estes trabalhadores devem participar da Comissão de Legislação da Câmara de Vereadores, às 15 horas, onde será discutido o projeto de lei complementar 122/2017, que extingue 36 cargos no município.

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