Não haverá arrego em 2018

Ulrich Beathalter

Fora Temer-03
Foto: Francine Hellmann

A temperatura da luta de classes eleva-se a cada semana. Se por um lado os capitalistas jogam cada vez mais duro para destruir os direitos dos trabalhadores, de outro aumenta a resistência, a disposição de luta e a convicção de que é preciso transformar esta sociedade.

O sistema capitalista não tem mais nada a oferecer à juventude e aos trabalhadores, a não ser mais miséria e barbárie. A aplicação da “Reforma Trabalhista” avança contra os salários e direitos históricos da nossa classe. Além disso, o governo Temer insiste na destruição da nossa previdência, para acabar com o sonho da aposentadoria e jogar o dinheiro nas mãos dos banqueiros que financiam as campanhas dos partidos tradicionais deste país.

Temer e seu ministro-banqueiro Meirelles não contavam com a resistência heroica do povo trabalhador. As inúmeras paralisações, greves e manifestações encurralaram o congresso às vésperas das eleições, impedindo que o governo tivesse votos suficientes para aprovar a medida. Mas não podemos relaxar. Continuamos defendendo uma greve geral por tempo indeterminado para a retirada completa do projeto e a revogação da reforma trabalhista, da terceirização e do congelamento dos gastos públicos.

As eleições não vão resolver os problemas que enfrentamos. Aliás, se as eleições pudessem representar uma saída definitiva para os problemas do povo pobre trabalhador, elas seriam proibidas pela grande burguesia. Por isso é preciso sempre estar unidos, organizados e mobilizados em defesa dos nossos direitos e do serviço público.

Em nossa base iniciamos a preparação para a Campanha Salarial. Este é um momento privilegiado para discutir salário, carreira e também a nossa condição de vida e de trabalho. Em Garuva, segue o endurecimento do governo frente às negociações, impedindo que os servidores participem plenamente do processo e se tornem sujeitos de sua história. Em Itapoá tivemos em 2017 uma mostra da insensibilidade do Prefeito frente às necessidades da categoria. Abrimos 2018 com um desgaste profundo do atual governo, afundado em denúncias e processos de improbidade. Em Joinville, a Prefeitura volta a atacar a estrutura do serviço público. Estamos em pleno combate contra a extinção de vários cargos e a privatização de parcela do serviço, com consequências desastrosas, principalmente ao fundo previdenciário. É nesse cenário que apresentaremos as pautas de reivindicações.

Não é hora de se encolher. Mais do que nunca, os servidores precisam assumir o protagonismo frente à defesa do serviço público e dos seus próprios direitos. Só com unidade, organização e luta poderemos barrar todos os ataques e avançar na melhoria das condições de vida e de trabalho. Participe das assembleias e demais atividades. Eleja o representante da sua unidade de trabalho.

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