Existe saída para este mundo de horror?
Nos últimos dias, vimos na maior potência econômica do mundo capitalista crianças separadas de suas famílias, trancadas em jaulas, sujeitas a torturas físicas e psicológicas. Fora de suas fronteiras, a sanha por manter e ampliar o lucro de suas empresas leva os EUA e os demais países “desenvolvidos” a pilhar os povos pobres do planeta. Pra isso espalham guerras e destruição pelo mundo todo. Às crianças enjauladas em solo americano somam-se as crianças, mulheres, idosos, jovens e trabalhadores brutalmente assassinados diariamente na Síria, no Iraque, no Afeganistão, na África… São mais de 60 guerras acontecendo nesse momento em diferentes pontos do planeta. Pra completar, atingimos o recorde de 68,5 milhões de refugiados. É a maior tragédia humanitária da história. Nunca antes tantas pessoas foram expulsas de seus lares – afugentadas pela fome, pela guerra, pelo desemprego. Violência sem fim.
Paradoxalmente, é possível, hoje, resolver a maioria dos problemas da população mundial. É perfeitamente possível, na atualidade, se se utilizar todos os recursos humanos, tecnológicos e científicos disponíveis, acabar definitivamente com a fome, com a miséria, curar a maioria das doenças, prover um lar para todas as pessoas, distribuir o trabalho de forma que ninguém fique desempregado… Porém, enquanto a terra, as fábricas e, portanto, toda a capacidade de produzir alimentos ou produtos para a necessidade das pessoas, continuar sendo propriedade de alguns poucos, jamais se poderá resolver os problemas das pessoas. Grandes empresas não são criadas para satisfazer necessidades dos seres humanos. São criadas para gerar lucro para seus acionistas. E, para garantir e aumentar o lucro, capitalistas não se importam em misturar papelão na nossa carne, formol no leite estragado que vão vender para bebermos, despejar veneno sem fim nas lavouras que produzem o nosso alimento.
Quando eles falam em “crise”, querem nos convencer de que temos que fazer mais sacrifícios. Nos convencem a reduzir salários, tirar benefícios, destruir a aposentadoria, ficar sem atendimento nos serviços públicos. Enquanto isso, ano a ano algumas famílias vão ficando mais ricas. Os bilionários da atualidade vivem numa suntuosidade, desfrutam luxos que nem os maiores reis da história sonharam viver. É esse o mundo que desejamos? É isso que a história reserva para o conjunto da humanidade?
É preciso revolucionar esse sistema. Não há saída para o conjunto da população enquanto nosso futuro depender da necessidade de lucro de uma minoria. Chega de abrirmos mão de direitos. Chega de nos contentar com migalhas. Chega de conviver com a dor, a miséria e o sofrimento de milhões de irmãos e irmãs. Chega de conviver com doenças que deveriam estar extintas há séculos, mas que enquanto persistem enriquecem uma máfia da indústria farmacêutica e hospitalar.
Ajudamos a construir um mundo novo sempre que resistimos em cada situação. Quando coletivamente lutamos pela defesa do serviço público. Quando lutamos pelos nossos direitos e apoiamos a luta de todos os oprimidos do mundo. Que possamos deixar um mundo diferente para as futuras gerações.