Servidores e comunidade expostos a riscos de contaminação na UBS São Marcos
Na última terça-feira (14/8), servidores e comunidade da Unidade Básica de Saúde São Marcos foram expostos ao risco de contaminação devido à dedetização realizada no local. A empresa responsável pelo trabalho iniciou a aplicação dos produtos às 17 horas, com a presença de trabalhadores e também de usuários – a UBS fechou somente às 19 horas. Durante essas duas horas, todos que estavam presentes no local ficaram expostos ao risco.
Não bastasse isso, no dia seguinte (15/8) pela manhã, os funcionários precisaram limpar o excesso de produtos químicos espalhados pelo local para poder começar o atendimento à comunidade. Devido à exposição aos produtos, os servidores passaram mal. Porém, permaneceram na unidade até as 13 horas. Entre eles, uma Agente Administrativa na décima semana de gestação.
A vigilância sanitária foi até o local e fez a interdição. A liberação só seria permitida após a descontaminação, que deveria ser realizada pela dedetizadora.
Conforme relatos dos servidores, hoje (16/8) pela manhã a situação deveria estar regularizada. Ao voltarem ao local, os trabalhadores passaram mal novamente e precisaram de atendimento médico. Os funcionários foram então informados de que a unidade deveria ser reaberta somente na sexta-feira (17/8).
Negligência do governo
Para o Sinsej, a negligência do governo expôs os trabalhadores e a comunidade. Esse risco teria sido evitado se a gestão tivesse agido com responsabilidade. O primeiro erro foi fazer a dedetização durante o expediente. No dia seguinte, assim que constatada a infecção, os servidores deveriam ter sido liberados para retornar ao trabalho quando as condições permitissem. Não foi o que aconteceu.
Desde terça-feira os servidores vêm sendo expostos, sempre com garantia de que o local está adequado para o trabalho. A preocupação é também com a comunidade. Neste sábado (18/8) será realizada uma campanha de vacinação para crianças de zero a cinco anos. Caso a UBS ainda não esteja totalmente desintoxicada, essas crianças e os responsáveis por elas também vão correr riscos de contaminação.
O Sinsej está acompanhando a situação ao lado dos servidores e exige do governo a devida atenção, bem como cuidado com a saúde dos trabalhadores e da população.