Segundo dia de Congresso com discussão de conjuntura e emendas à tese

Delegados discutem conjuntura e as tarefas | Foto: Kályta Morgana de Lima
Delegados discutem conjuntura e as tarefas | Foto: Kályta Morgana de Lima

Nesta sexta-feira (23/11), os delegados do 2º Congresso do Sinsej discutiram e propuseram emendas à tese guia. Além disso, durante a tarde, participaram de um debate sobre “O aumento da opressão aos trabalhadores e a necessidade de construir uma organização mundial de combate por um mundo mais justo e igualitário”.

A avaliação dos delegados, observadores e convidados que participam da atividade é de que este é um importante momento de construção de um plano de lutas capaz de guiar os embates dos trabalhadores nos próximos três anos. Também, que é fundamental o engajamento de cada servidor na luta contra os ataques que se efetuam nas esferas municipal, estadual e federal.

Leia aqui, na íntegra, o texto sobre a discussão de emendas dos grupos de trabalho.

Conjuntura atual e nossas tarefas

O militante da corrente Esquerda Marxista, jornalista e escritor Serge Goulart conduziu um importante debate sobre as opressões aos trabalhadores e a necessidade de construir uma organização mundial capaz de enfrentar e derrubar os ataques.

Serge começou seu informe relatando situações de levante dos trabalhadores em todo o mundo: Podemos, na Espanha, Jeremy Corbyn, na Inglaterra, Bernie Sanders, nos EUA. Conforme ele, esses são apenas alguns dos exemplos que demonstram que a classe trabalhadora não está derrotada, mas sim disposta à luta. Falta, contudo, uma direção capaz de fazer o devido combate.

Neste cenário encontra-se o Brasil. Serge explicou que a vitória de Bolsonaro não significa a derrota dos trabalhadores brasileiros. Pelo contrário. Bolsonaro foi eleito devido a um discurso de que era contra tudo o que está ai, quando na verdade pretende apenas abrir ainda mais o país ao mercado financeiro internacional.

Diferente do que é divulgado, a política do presidente eleito não tem nada de nacionalista. Representa a entrega do que ainda resta dos serviços públicos à iniciativa privada. É para isso que monta sua equipe, que tem à frente o economista Paulo Guedes – que já disse querer para o Brasil o mesmo sistema previdenciário chileno, que torna incapaz a aposentadoria da maioria.

O informante explicou ainda que a eleição de Bolsonaro não significa que exista uma onda fascista ou mesmo que ele represente o fascismo. “O fascismo é um regime político onde nenhuma organização operária pode existir”, disse Serge. “Nem sindicatos, nem partidos. Só existe o partido fascista.”

Depois da explanação, os participantes se inscreveram e contribuíram com o debate. Em seguida, Serge encerrou sua participação no Congresso com uma fala otimista aos delegados. Segundo ele, os trabalhadores têm toda a capacidade e disposição para derrubar esse sistema que oprime e mata, de “extirpar o capitalismo” e construir uma sociedade nova, sem essa “carga horrível que é ter que trabalhar para sobreviver”.

Confira aqui a transmissão ao vivo do debate.

Amanhã (23/11) é o último dia do Congresso. Às 8 horas inicia a plenária de votação de emendas, com a mesa de encerramento às 11h30. Continue acompanhando as discussões através das redes de comunicação do Sinsej.

 

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