8 de março – mais do que nunca, um dia de luta
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, está historicamente ligado à luta das mulheres trabalhadoras por melhores condições de vida, de trabalho e pela transformação social. Na categoria dos servidores municipais de Joinville, Garuva e Itapoá elas são mais de 80%. São elas, em maioria, que mantêm o atendimento à população, na educação, saúde, administração, finanças, assistência social, entre várias outras atividades. Elas enfrentam, unidas, o desmonte dos serviços públicos e a retirada de direitos conquistados com muito esforço. Tudo isso sob o peso de uma desigualdade ainda latente em nossa sociedade.
Ao longo do tempo, revoluções foram feitas e direitos foram conquistados, mas na sociedade capitalista nenhum avanço social é definitivo e, com o aprofundamento da crise econômica, novos ataques estão por vir. Mais do que nunca este 8 de março precisa ser um dia internacional de luta das mulheres trabalhadoras, ombro a ombro com os homens de sua classe, contra a retirada de direitos e em defesa de uma sociedade socialista.
Reforma da Previdência
A Reforma da Previdência apresentada por Bolsonaro é o ataque mais urgente desferido contra toda classe trabalhadora brasileira e irá prejudicar em especial as mulheres. Entre outros problemas, como a criação do regime de capitalização, a proposta aumenta o tempo de contribuição para 40 anos para ter aposentadoria integral (atualmente é de 30 anos para mulheres e 35 para homens, com a opção da fórmula de soma de idade e tempo de contribuição de 86 para mulheres e 96 para homens). Também aumenta a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres (hoje não há idade mínima, mas a aposentadoria por idade é de 65 para homens e 60 para mulheres). E estes são apenas alguns pontos.
Esta alteração desconsidera a realidade concreta na qual as mulheres têm jornadas duplas ou triplas, incluindo o trabalho doméstico e o cuidado dos filhos. São as mulheres que, na maioria dos casos, cuidam dos familiares doentes e estão em trabalhos precários e terceirizados. Além disso, muitas ainda ganham menos em relação aos homens que exercem as mesmas funções em todos os setores da economia. A diferenciação para que as mulheres possam se aposentar antes é uma conquista histórica da classe trabalhadora e deveria ser estendida a todos, não revertida.
No caso dos servidores públicos, em especial as professoras, que são a maioria no magistério do país, a proposta de reforma impõe, no mínimo, mais 15 anos em sala de aula, aumentando o tempo de contribuição e recebendo uma aposentadoria menor.
Diante disso, todos os servidores estão convidados a paralisar os trabalhos em 22 de março, no Dia Nacional de Mobilização e Luta contra a Reforma da Previdência. Haverá assembleia às 9 horas em local a ser confirmado para discutir a Reforma e a Campanha Salarial. À tarde, todos os trabalhadores da cidade estão chamados para um ato, às 14 horas, na Praça da Bandeira.
- Contra a Reforma da Previdência.
- Por uma Previdência pública e solidária.
- Por uma greve geral por tempo indeterminado até a revogação da Reforma.
- Salário igual para trabalho igual.
- Vagas para todas as crianças em centros de educação infantil – direito da criança e da mãe.
- Fim da prostituição.
- Fim de todas as formas de violência contra a mulher.
- Direito ao aborto e ao parto humanizado.
- Ampliação das licenças maternidade e paternidade.
- Por uma sociedade que não seja baseada na exploração e onde a mulher não seja apenas mais uma propriedade – uma sociedade socialista.