Servidor sofre com autoritarismo e assédio moral no local de trabalho
Assédio moral, falta de diálogo por parte da administração, sobrecarga de trabalho, desvio de função, imposição de banco de horas ilegal, represamento de pedidos de licença prêmio, transferências de setor à revelia do servidor. São essas as principais demandas encontradas pela nova Assessoria Jurídica do Sinsej para defender os servidores de Joinville e Região, na avaliação da advogada Andreia Indalêncio Rochi.
“O problema mais grave é o assédio moral nos locais de trabalho, devido à falta da realização de Concurso Público”. Há casos, inclusive, de interrupção da licença do servidor para tratamento de saúde, pela concessão de férias, “uma coisa esdrúxula”, define a assessora do Sinsej, citando ainda os pedidos de licença prêmio que não são atendidos.
A advogada critica também o Serviço Eletrônico de Informação (SEI) para formalizar qualquer pedido à administração. “É necessário digitalizar e implantar o pedido no Sistema, o que acaba dificultando muito a vida do servidor, que muitas vezes não tem conhecimento de mídia eletrônica e nem mesmo possui acesso ao computador”.
Outro problema frequente é que as horas extras trabalhadas pelos servidores são remetidas para o banco de horas, que não está previsto em qualquer Acordo de trabalho. “A administração se baseia no Artigo 42 do Estatuto do Servidor (Jornada de Trabalho fixada por Decreto), que ressalva a hipótese de compensação de horas, e impõe as decisões para o servidor”, denuncia Andreia.
Já existe Ação Judicial para resolver esta irregularidade, mas ainda sem decisão de mérito. “O servidor passa por uma fase difícil, queremos realizar um bom trabalho em sua defesa para barrarmos o autoritarismo”, conclui Andreia.
A presidente do Sinsej, Jane Becker, critica as perseguições seguidas de assédio que têm se tornado comuns no Hospital São José e no setor de Saúde, de modo geral. “As chefias estão perseguindo servidores unicamente por seus posicionamentos político-ideológicos, uma situação covarde e desumana”, denuncia a presidente do Sinsej, citando casos de servidores que reivindicam e se mobilizam em defesa da categoria e que são arbitrariamente transferidos de setor.