Sinsej cobra da prefeitura informações sobre casos de servidores infectados pela Covid-19 em Joinville

A direção do Sinsej protocolou na tarde de ontem (13) ofício em que solicita à Secretaria de Saúde de Joinville informações sobre o número de servidores contaminados com a Covid-19. A pandemia do novo coronavírus já afeta quase dois milhões de pessoas em todo o mundo e 120.449 morreram da doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins divulgados hoje. Já o Brasil contabilizou nesta segunda-feira 1.328 mortes, com 23.430 casos confirmados, num contexto de déficit generalizado de testes. Segundo balanço diário do Ministério da Saúde sobre a pandemia, estes números dobraram em relação a uma semana atrás.

Quando voltamos o olhar para mais próximo de nós, os números também assustam. Com 50 novos casos divulgados ontem (13), Santa Catarina tem 826 pacientes contaminados pela doença. Com mais dois óbitos confirmados nesta segunda, um em Joinville e outro em Criciúma, subiu para 26 as vítimas fatais, segundo o governo do Estado. A prefeitura de Joinville confirmou a segunda morte no município pela Covid-19. A vítima é Luiza Amélia da Silva, 70 anos, servidora aposentada da Câmara de Vereadores.

Com 59 casos confirmados na cidade, a população deve cobrar da prefeitura medidas mais duras de proteção. Segundo a médica Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em entrevista divulgada ontem pelo jornal El País, “o isolamento social severo e o SUS são as grandes armas do Brasil contra a pandemia”. Por isso é urgente que o governo municipal promova medidas de intensificação da quarentena, bem como assuma a sua responsabilidade em garantir a estrutura e as condições seguras de trabalho para as servidoras e os servidores. Muitos deles trabalhando na linha de frente de combate à pandemia sem acesso aos EPIs necessários. Estima-se que quase um terço dos servidores da saúde em Santa Catarina está infectado pelo coronavírus e que essa pode ser a mesma realidade em Joinville.

Diante dos números alarmantes, das denúncias da categoria e das fiscalizações nos locais de trabalho, a direção do Sinsej, por meio do pedido de informações feitos à Secretaria de Saúde, pretende levantar os dados como o número de trabalhadores infectados, onde atuam, quando aconteceu a contaminação e quais as medidas adotadas nos locais de trabalho após o contágio. Com estes dados em mãos será possível tomar medidas ainda mais enérgicas para garantir a saúde e a vida das servidoras, dos servidores e de suas famílias. Com uma postura firme, o Sindicato tem percorrido todos os caminhos possíveis para garantir a integridade das trabalhadoras e dos trabalhadores. Já no mês de março protocolou no Ministério Público de Santa Catarina, na Secretaria da Saúde de Joinville, na Prefeitura Municipal, na Câmara de Vereadores, na ouvidoria do Governo do Estado, no Coren e na OAB denúncia sobre a falta de condições de trabalho dos servidores de Joinville referente à prevenção do contágio do Covid- 19. A ação do Sinsej tem garantido EPIs e produtos de higienização para a categoria. Em diálogo com servidores da SAS, a informação é de que a cobrança tem surtido efeitos positivos.

A previsão do Ministério da Saúde é de que o pico da pandemia do coronavírus no país será até final de maio ou início de junho, o que torna ainda mais urgente tais medidas. Fato é que, ainda que o presidente Jair Bolsonaro continue insistindo e incentivando a população a sair nas ruas, o importante é que todas e todos sigam as recomendações da OMS e as medidas como isolamento social e uso de máscaras como formas de conter a pandemia a nossa volta. A direção do Sinsej segue firme na defesa da categoria, cobrando que o governo assuma suas responsabilidades em garantir as condições seguras de trabalho e de vida para todas as servidoras e os servidores e orientando a todos que se sentirem ameaçados de contágio por não obterem os EPIs a denunciarem junto ao Sindicato. A vida e a saúde dos servidores importam!

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