Colapso na saúde em Joinville: entidades se unem à Defensoria Pública para preservar a saúde da população
O colapso no atendimento aos pacientes diagnosticados com a Covid 19 nos leitos de UTI dos hospitais das redes pública e privada de Joinville deixou em alerta representantes de órgãos do Poder Público no Estado e até do País, como noticiado na imprensa nesta quinta-feira, dia 9. No entanto esse quadro parece ainda não ser suficiente para sensibilizar o prefeito da cidade que ocupa o primeiro lugar em número de contaminações em Santa Catarina. Conforme dados da página da PMJ e do governo do Estado no final da tarde de quinta, o município contabiliza 3479 casos da doença e 51 mortes, enquanto 4343 aguardam resultado do teste.
Grupo de trabalho quer a paralisação completa dos serviços não essenciais
Para buscar alternativas para que o prefeito Udo Döhler tome as medidas necessárias para preservar a vida dos servidores e da população, diretores e assessoria jurídica do Sinsej participaram hoje (9) à tarde de reunião virtual do Comitê Municipal de Solidariedade contra a Covid 19 com a presença do Defensor Público Djoni Benedete. Um dos encaminhamentos foi a formação de um grupo de trabalho com parcerias de profissionais e entidades que possam contribuir com dados técnicos a respeito da situação da saúde da cidade com objetivo de realizar a paralisação total dos serviços não essenciais. Djoni ressaltou que a Defensoria já fez algumas recomendações ao Executivo, mas que nem sempre as recomendações são efetivadas, como também falou da importância dessas ações em conjunto. Ele ainda se comprometeu a recomendar à Prefeitura, ainda hoje por meio de ofício, mais transparência nos dados oficiais sobre a doença; o não reinício das aulas em três de agosto; a unificação das filas para utilização dos leitos de UTI e que a Secretaria de Saúde dê continuidade à testagem dos servidores da saúde. Na reunião, Jane Becker, presidenta do Sinsej, informou que trabalhadores do Hospital São José relataram que, devido ao grande número de afastamento dos casos positivos, os testes estão sendo negados.
Ações do Sindicato
Desde o dia em que o governador Carlos Moisés reconheceu os riscos da Covid 19 e decretou isolamento social no Estado por conta da pandemia, a direção do Sinsej tem realizado diversas ações em defesa da categoria no município, como a solicitação de EPIs a todos os servidores em serviço essencial; fez denúncia no MPSC e outros órgãos sobre a falta de EPIs e de condições de trabalho desses trabalhadores visando garantir saúde e condições de trabalho necessária; cobrou afastamento e home office para servidores em serviço essencial do grupo de risco; cobrou testagem e retestagem em servidores da saúde, assim como insalubridade máxima para esses profissionais.
A preservação da vida da população passa pela valorização de quem presta o serviço público. Por isso o Sinsej alerta a categoria e a população pela necessidade de lutar em conjunto para evitar que novas mortes venham acometer mais famílias de joinvilenses. A falta de políticas sérias já matou mais de 68,3 mil pessoas no país. Não queremos aumentar esses números.