Servidores municipais de Joinville recebem manifestações de solidariedade de diversas categorias de trabalhadores em ato público
Nesta sexta-feira (12) a Praça Nereu Ramos, no centro de Joinville, foi palco de solidariedade de diversas categorias de trabalhadores aos servidores públicos municipais. Num ato público, representantes de mais de 13 entidades sindicais dos ramos público e privado, do mandato da vereadora Ana Lucia Martins (PT), do deputado federal Pedro Uczai (PT), do movimento popular e da juventude estiveram presentes para protestar contra a reforma da Previdência proposta pelo Novo prefeito Adriano.
Sem o diálogo prometido ao Sinsej, alegando o déficit de aproximadamente R$1 bilhão no Ipreville, o governo municipal enviou na semana passada para o Conselho do Instituto minutas de dois projetos de lei que alteram a Previdência da categoria. Um deles cria um Regime de Previdência Complementar e o outro, além de aumentar a alíquota de contribuição dos servidores para o Instituto de 11 para 14%, altera regras para aposentadoria. Entre as alterações estão o aumento da idade e do tempo de contribuição; a redução do valor e a aplicação de um teto de até R$ 6,4 mil (mesmo do INSS); muda as regras de transição e ainda limita o valor da pensão por morte até em 50% do benefício.
Com voto contrário do Sinsej, os dois projetos foram aprovados pela maioria do Conselho do Ipreville, ainda pela manhã, e devem ser enviados em breve para Câmara de Vereadores. Essas propostas conseguem ser ainda piores que a Emenda Complementar nº 103/2019 (Reforma da Previdência do governo Bolsonaro) e são um verdadeiro desrespeito a quem dedica sua vida ao serviço público. Para barrar esse ataque a categoria está em Estado de Greve.
Lembrando das dificuldades que as reformas sindical e trabalhista trouxeram para as trabalhadoras e trabalhadores e suas organizações no Brasil, Wanderley Monteiro, representante da CUT SC e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, declarou durante a manifestação que defender o servidor público é defender o serviço público de qualidade para toda a classe trabalhadora.
Wolney Chucre, dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais de SC, disse que os ataques ao serviço público, tanto na esfera federal, estadual e municipais não têm limites nos governos de Bolsonaro, Moisés e Adriano, assim, a luta em Joinville é a mesma: em defesa dos serviços e do servidor públicos.
Já, a presidenta do Sinsej, Jane Becker, chamou a atenção que a categoria nunca deixou de pagar sua cota, ao contrário da Prefeitura e que no ano passado, mesmo com a suspensão da contribuição patronal, o Ipreville acabou o ano com superávit financeiro.
É preciso exigir a abertura de concurso público imediata e que o governo municipal pague o que deve pro Ipreville. O servidor público não pode ser penalizado pela má gestão que se arrasta há anos no Instituto. Essa conta não é nossa.
Para conseguirmos ser vitoriosos nessa luta, é necessária a participação de toda a categoria na assembleia do próximo dia 24 de fevereiro, às 19 horas, em local a ser definido. Fique atento ao chamado e se faça presente.