Servidores da educação aprovam indicativo de greve pela suspensão das aulas presenciais
Os trabalhadores da educação pública de Joinville, reunidos em assembleia na noite de hoje (16), deliberaram por indicativo de greve e por uma força tarefa para organizar a luta pela suspensão das aulas presenciais e em defesa da vida. Na quinta-feira (18) às 19h o Conselho de Representantes por Locais de Trabalho irá se reunir e uma nova assembleia será convocada para a próxima segunda-feira (22). Neste período a direção do Sinsej irá intensificar as visitas aos locais de trabalho, convocando e mobilizando a categoria, e solicitará uma reunião com a Secretaria de Educação para debater sobre o ensino híbrido, exigir condições dignas e seguras de trabalho e a suspensão das aulas presenciais.
Os números da pandemia na cidade deixam claro que está mais do que na hora de suspender as aulas presenciais. Sem uma infraestrutura que garanta condições dignas e seguras de trabalho; na ausência de concurso público que supra a falta de profissionais; com máscaras inadequadas e protocolos impossíveis de serem cumpridos, principalmente por crianças, os profissionais da educação e a comunidade escolar tornaram-se alvos fáceis para o vírus que encontra neste ambiente um local perfeito para o contágio. Não apenas a pandemia ameaça a comunidade escolar, mas também o excesso de trabalho imposto pela dupla jornada do sistema híbrido e pela falta de profissionais da educação causada pela defasagem história de servidores, situação agravada ainda mais pelo alto número de pessoas afastadas para tratamento de saúde.
Embora a prefeitura mobilize esforços para esconder o surto na rede, mais de 140 profissionais da educação foram infectados e duas trabalhadoras da educação perderam a vida para a Covid-19 no curto período de 45 dias, desde que as aulas presenciais retornaram. Além de rever todas estas situações, o governo precisa se responsabilizar em apresentar um plano claro e eficaz caso haja o aumento do contágio na cidade ou mesmo um surto em uma unidade de ensino. Além disso, é urgente um calendário de vacinação pelo SUS para todos e a testagem em massa que interrompa a cadeia de transmissão.
Diante desse quadro de terror, do colapso no sistema de saúde da cidade e das inúmeras tentativas frustradas de diálogo com o governo, a direção do Sinsej protocolou na tarde de hoje (16) uma ação na Justiça reivindicando a suspensão das aulas presenciais em Joinville. Nas visitas aos locais de trabalho e através das denúncias que a direção tem recebido, fica clara a falta de condições de trabalho e sanitárias impostas pelo sistema híbrido e pela pandemia. É urgente e imprescindível nossa união na luta pela suspensão das aulas presenciais neste momento de intenso avanço da pandemia em nossa cidade. Dialogue com seus colegas e participe da assembleia virtual na próxima segunda-feira.
A luta pela preservação da vida deve ser prioridade na realidade em que vivemos,onde a pandemia do covid-19 esta ceifando vidas.
Enquanto governantes vivem em um mundo paralelo,o número de mortes diárias ultrapassa 2500.
Suspender as aulas presenciais é um sinal de coerência para enfrentar o contagio da doença.
Lutar pela suspensão das aulas presenciais é uma atitude em defesa da vida!