Em manifestação em frente à SED, servidores defenderam a vida e melhores condições de trabalho
Nesta quarta-feira (24) o Sinsej organizou ato simbólico em frente ao prédio da Secretaria de Educação de Joinville. Usando cruzes de madeira, caixão, tinta vermelha, faixas e pirulitos, servidores denunciaram a falta de segurança sanitária diante da pandemia de Covid-19, pediram melhores condições de trabalho e a suspensão das aulas presenciais na rede e lembraram a morte de duas cozinheiras em consequência da doença.
Desde que as aulas presenciais iniciaram, o contágio de Covid-19 entre trabalhadores da educação, alunos e familiares vem aumentando no município. Andreia Galdino, que trabalhava no CEI Cachinhos de Ouro, e Maria Petrina, profissional no CAIC Professor Mariano Costa, testaram positivo para o novo coronavírus, foram internadas e intubadas e faleceram no início deste mês.
Na manifestação, foi denunciada a falta de infraestrutura nas unidades de trabalho, de higienização adequada, de distribuição de máscaras e de meios eficazes para evitar aglomerações nas entradas e saídas das unidades de ensino. No rol das reivindicações da categoria estão: uma solução concreta sobre as horas negativas acumuladas por quem está impossibilitado de cumprir o teletrabalho desde o início da pandemia; o fim da dupla jornada imposta pelo sistema híbrido de ensino; a contratação de mais trabalhadores; a testagem em massa e periódica para o novo coronavírus e o arquivamento do Projeto de Lei 08/2021, referente à Reforma da Previdência, que tramita na Câmara de Vereadores.
Os servidores não querem ver mais colegas correndo risco de vida em decorrência da irresponsabilidade do prefeito Adriano Silva (Novo), que pretende manter a todo custo as aulas presenciais em Joinville. A cidade é considerada novo epicentro da pandemia no Estado e soma 5,9 mil casos ativos da doença enquanto a ocupação geral de leitos de UTI Covid-19 chega a 91%. Aulas se recuperam. Vidas, não!
Andreia Galdino e Maria Petrina, presentes!
24 de março: Dia nacional de luta em defesa do serviço público
A manifestação foi definida em assembleia realizada dia 22 também para marcar o Dia nacional de luta em defesa do serviço público e contra a proposta de Reforma Administrativa (PEC 32/2020) do governo Bolsonaro, que está em tramitação no Congresso Nacional. A PEC tem, entre os objetivos, tirar do Estado a responsabilidade pelos serviços públicos, tornando ainda mais precários esses serviços imprescindíveis à vida da população, como também retirar direitos dos servidores, como a estabilidade.
O relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal é o deputado joinvilense Darci de Matos (PSD/SC), que já anunciou seu voto a favor da admissibilidade da proposta e pretende entregar seu parecer à Comissão ainda neste mês.
A direção do Sinsej convida a categoria a ampliar a luta e dar fim à essa ameaça.
Joinville é o novo epicentro do covid-19 no Estado e a Prefeitura insiste em manter aulas presenciais colocando a vida em risco dos servidores.
A justiça e o MPF deveriam estar mais atentos a este fato! A vida que importa,não aulas!
No nível federal o Governo Bolsonaro ataca o servidor com mais uma maldade que é a Reforma Administrativa e o nobre Deputado de Joinville Darci de Matos que pertence a base e defesa do governo negacionista é o relator na CCJ. Luta e resistência deve ser a palavra de ordem do servidor!Fora negacionistas e defensores do desgoverno que está afundando o país numa recessão econômica sem precedentes, provocando aumento da miséria,fome,desemprego e violência contra os direitos humanos.