Servidores do São José denunciam falta de insumos e anunciam paralisação da Saúde contra reforma da Previdência em Joinville

A postura do prefeito Adriano Silva (Novo) e de seus vereadores, que querem a todo custo aprovar uma reforma da Previdência em meio à pandemia, tem causado um sentimento de revolta e de indignação muito grande nos servidores públicos de Joinville, especialmente naqueles que trabalham há mais de um ano na linha de frente do combate à Covid-19. 

Os profissionais de saúde têm consciência da sua responsabilidade, mas o prefeito Adriano Silva não tem. Por isso, diante da postura do prefeito e de sua ameaça ao direito à aposentadoria, os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde prometem aderir à convocação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) e cruzar os braços nesta segunda-feira, 26 de abril, em protesto contra a reforma da Previdência. 

Sonia Foss, técnica de enfermagem, denuncia a injustiça cometida pelo prefeito Adriano, autor dos projetos que tramitam no Legislativo. “Estamos há mais de um ano trabalhando duro e vendo gente morrer todo dia. A prefeitura não toma nenhuma atitude efetiva no controle da pandemia, mas manda à Câmara de Vereadores um projeto injusto de reforma da nossa Previdência. Enquanto os servidores focam suas forças no controle da pandemia, a prefeitura articula o fim da nossa aposentadoria. Vamos parar o Hospital São José e a culpa será do prefeito que está nos forçando a tomar atitudes extremas”, desabafa Sonia.

A paralisação dos servidores da Saúde terá início às 6 horas, em frente ao Hospital Municipal São José. Depois, eles se juntarão aos demais servidores públicos e participarão da assembleia convocada pelo Sinsej para às 13 horas, em frente à Câmara de Vereadores de Joinville. O objetivo é pressionar os vereadores que discutirão os projetos de reforma da Previdência nas comissões de Finanças e de Saúde nesta segunda-feira.

O Sinsej cumprimenta a iniciativa e se solidariza com os servidores públicos da Saúde de Joinville. “Os profissionais de Saúde de Joinville estão exaustos e esgotados com a longa jornada e a falta de apoio, mas a Covid-19 não dá trégua. Não bastasse a pandemia, os servidores que atuam na linha de frente do combate ao Coronavírus ainda têm que lidar com a possibilidade de terem sua aposentadoria destruída com a reforma da Previdência proposta pelo prefeito Adriano Silva”, denuncia Jane Becker, presidenta do Sinsej.

Falta de materiais e medicamentos

Os servidores que trabalham no Hospital São José, em Joinville, também divulgaram uma série de documentos que indicam a falta de materiais e medicamentos na unidade. Para evitar perseguição por parte da prefeitura e dos gestores municipais, os documentos foram enviados ao Sinsej para que o sindicato realizasse a denúncia. Entre os itens faltantes, estão luvas, seringas, compressas, aventais, fita micropore, sondas de aspiração e fraldas.

 

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