Servidores de Joinville são coagidos a pagar por internet e impressão nas escolas
Dias depois de o prefeito de Joinville Adriano Silva (Novo) exaltar a educação de excelência de Joinville durante evento direcionado a cerca de 180 diretores de escolas municipais, nesta semana o Sinsej voltou a receber denúncias de profissionais de CEIs que precisam dividir gastos necessários referentes à impressora e à internet dos estabelecimentos para poderem trabalhar. De acordo com a denúncia enviada, a diretora da unidade ainda possibilita que o pagamento dos R$ 102 reais seja feito em duas parcelas.
Não é a primeira vez que esse tipo de reclamação chega à direção do Sindicato, que já cobrou solução do governo anteriormente. Não é possível admitir que no município que recebeu mais de R$ 400 milhões do Fundeb para investimento na educação, o servidor tenha que pagar para trabalhar. Como se não bastassem reforma da Previdência que desconta 14% dos salários, a negativa do reajuste dos 33% na carreira e o fato de o auxiliar de sala não receber nem o piso do Magistério, apesar de toda a luta feita pela categoria.
Outro caso inadmissível foi verificado in loco por um diretor sindical onde a equipe técnica pedagógica em uma escola se resumia a apenas dois profissionais – diretor e um técnico administrativo -, já no terceiro dia do ano letivo.
“Professor é profissional da educação e não voluntário, como quer o prefeito”, diz a presidenta Jane Becker. Ela também que afirma que o Sindicato vai buscar uma reunião com a Secretaria de Educação para tratar do assunto e de outras reclamações. Uma delas é o fim do ponto facultativo do Carnaval anunciado pela Prefeitura, que vai fazer os servidores trabalharem ainda mais.
A direção do Sinsej defende a valorização do servidor, como também a realização urgente de concurso público, assim como a eleição direta de diretores escolares. Não é possível aceitar que as condições de trabalho estejam cada vez mais precárias. Se você vivencia esse tipo de situação, denuncie.