Por falta funcionários, servidores da assistência social sofrem com desvio de função nos postos de trabalho
A gestão do prefeito Adriano Silva (Novo) segue com sua política de sucateamento do serviço público. Não satisfeito com o caos na saúde e na educação, a prefeitura também não está nem ai para o setor de assistência social. Enquanto o prefeito dança passinho, a categoria sofre.
Nos postos de trabalho onde os servidores da assistência social atuam, o desvio de função é prática recorrente. Cozinheiras e educadores são obrigadas a fazer serviços administrativos. A situação se reflete, naturalmente, no atendimento à população. Os agendamentos para atendimentos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) estão sendo marcados somente para outubro e novembro e há uma pressão da gestão para que os profissionais deem um jeito na fila, como se eles tivessem esse poder. Ainda existe uma demanda reprimida nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que tratam de situações de negligência, violência e maus tratos. As famílias que necessitam desse setor estão há meses aguardando atendimento. O serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, por exemplo, atende crianças mulheres e idosos não está sendo oferecido na sua totalidade, com redução de tempo e de dias da semana ofertados.
Recentemente a prefeitura fez um processo seletivo para novos contratados, mas isso não resolveu o problema, uma vez que a demanda por atendimentos é grande. Somente a abertura de concurso público, como preconiza a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH), poderia solucionar o problema. O volume de trabalho será sempre crescente, de modo que contratos temporários não são a solução. Além disso, os contratados têm carga horário diferente dos servidores, ainda que exerçam a mesma função. Eles são forçados a trabalhar nessa situação por determinação contratual, sem os mesmos direitos dos servidores.
É mais um caso de sobrecarga de trabalho, assédio moral e pressão psicológica envolvendo a gestão pública comandada por Adriano Silva e pelo partido Novo. Que o gestor e a sua sigla tinham aversão ao serviço público já era claro desde a sua campanha eleitoral, porém, o prefeito se omite da sua função, que é prover estrutura para os trabalhadores e bom atendimento para a população.