Professores são impedidos de usar cozinhas de escolas e lavam louça nos banheiros

O Sindicato dos Servidores Públicos do município de Joinville (Sinsej) recebeu denúncias de que servidores que trabalham nas escolas municipais estão sendo impedidos de usar as cozinhas das escolas para lavar a louça usada em suas refeições, sendo obrigados a fazer essa higienização nos banheiros das unidades de ensino.

Como norma geral, as cozinhas são restritas aos funcionários que trabalham no local e só podem ser usadas para o preparo dos alimentos. Consequentemente, o restante dos funcionários, incluindo os educadores, não tem acesso ao lugar nem para lavar a louça depois do almoço. Porém, em muitas unidades o servidor não tem outro local para fazer a higienização dos objetos que usou no almoço e acaba tendo que recorrer aos banheiros para lavar pratos e talheres.

É importante frisar que muitos profissionais não têm condição de fazer um deslocamento para almoçar em casa e retornar para o próximo período de aulas, portanto almoçam na escola. Por uma questão de respeito e até cuidado com a saúde dos trabalhadores, o município deve disponibilizar um local adequado para que os profissionais façam a higienização dos seus objetos. A prefeitura tem apresentados projetos que visam incentivar que os educadores aumentem sua carga horária para 40 horas, mas não oferece estrutura nas escolas para atender esses servidores.

Em alguns locais existem pias na sala dos professores, o que evita a necessidade do uso do banheiro, mas não são todas as unidades que desfrutam desta facilidade. Obrigar professores a usarem banheiros, muitas vezes em condições longe das ideais no que se refere a limpeza, para lavarem a louça do seu almoço ou lanche é humilhante. Tal situação não é aceitável com qualquer trabalhador, em especial com professores.

É perfeitamente compreensível que locais onde são preparados alimentos necessitam de um cuidado higiênico maior, porém, é necessário que um outro espaço seja disponibilizado para os funcionários que trabalham no local.

O Sinsej cobra que a prefeitura reveja essa situação e permita que os professor e funcionários da educação possam trabalhar com dignidade que merecem.