A hipocrisia e demagogia do partido Novo no aumento do salário dos vereadores
Os vereadores de Joinville se auto concederam um aumento salarial de quase 40% neste ano. Foram 4,18% em maio e 34,5% no último dia 14 de novembro. Essa legislatura iniciou seu mandato em 2021, com um salário de R$ 12.807,91, muito acima da média salarial dos servidores públicos municipais que é de R$ 3.800. Mas os representantes do povo acham esse valor muito baixo e aprovaram um salário de R$ 19.500. São quase R$ 7 mil de aumento no período de 4 anos.
Para os servidores públicos, o prefeito Adriano Silva (NOVO) concede apenas a reposição da inflação, que durante o seu governo foi de 23,11%, e para os vereadores sanciona a toque de caixa quase 34,5% de aumento? Não permitiu tempo para mobilização popular que é radicalmente contra esse aumento indecoroso? Então os vereadores do Novo votaram contra por demagogia? E vale lembrar que o salário dos vereadores vai garantir a engorda no bolso também dos secretários do governo. Para os vereadores, aumento real de 11% e para os servidores mortais, só o índice da inflação. Bando de HIPÓCRITAS.
O Projeto de Lei nº 242/2023 foi apresentado na segunda-feira (13) pela mesa diretora presidida por Diego Machado (PSDB), pelo vice, o vereador Erico Vinicius (NOVO) e por Luiz Carlos Sales (PTB), que é secretário. Na terça-feira (14), passou pela Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Neto Peters (NOVO) e foi para votação em plenário com a aprovação de 12 vereadores, quatro votos contrários e três abstenções.
Cabe perguntar: por que o vereador Érico Vinicius (NOVO), como membro da mesa diretora, não impediu que o projeto fosse votado as vésperas de um feriado? Por que o vereador Neto Peters (NOVO) não segurou o projeto para que a sociedade fosse mobilizada para o debate? Ao contrário, permitiram que o projeto fosse aprovado no afogadilho e depois votaram contra para fazer demagogia. Alguém duvida que os três vereadores vão tentar se adonar da narrativa de que são os defensores da moralidade do dinheiro público? Bando de DEMAGOGOS.
Nem de longe qualquer categoria de trabalhadores no Brasil teve aumento salarial de 34,5%. Os vereadores zombam do povo trabalhador que dizem representar. Esses vereadores merecem o repúdio da sociedade e que os eleitores analisem bem o que fazer com o seu voto na eleição de 2024. Afinal, o dinheiro público de nossos impostos não pode servir para enriquecer quem diz nos representar. E na hora que os servidores lutam por um salário digno, os vereadores governistas se fazem de moucos e geralmente, votam contra os servidores.
Na próxima quinta-feira (23), às 19 horas, os servidores estão convocados para uma assembleia da categoria, que vai debater o futuro dos servidores, as terceirizações e o Ipreville. Contamos com a presença de todos.
Por que a vereadora do PT que representa a Sinsej e os vereadores de oposição, votaram todos a favor do aumento? Pelo menos se dependesse apenas dos vereadores do Novo, o aumento não teria passado. Parece que a hipocrisia vem de quem acusa.
O Partido MOFO é uma espécie de puxadinho de bolsominions que usam pullover e sapatênis. Eles odeiam servidor público, falam mal do setor público, mas usam a máquina pública como todo partido político para se perpetuar no poder. O MOFO é mais do mesmo. Um partido financiado e aberto por banqueiros que acham que o pobre só serve para servi-los e que o servidor público deve ganhar menos do que o setor privado. E quando se referem ao setor privado, não o fazem se referindo aos executivos e empresários que ganham uma remuneração alta, mas sim ao trabalhador do chão de fábrica, muitas vezes sem qualificação, que rala em troca de salário mínimo e péssimas condições de trabalho. O MOFO representa o que há de mais abjeto na política brasileira: é a volta dos senhores feudais e da burguesia classista.