Assembleia geral dos servidores define pauta da Campanha Salarial 2026.

Em um momento de terceirizações, privatizações e ataques do governo municipal aos direitos dos servidores, o Sinsej realizou, no dia 18 de novembro, a assembleia geral que dá início à Campanha Salarial 2026.

A presidente do Sinsej, Mara Tavares, abriu os trabalhos resumindo as últimas ações do sindicato, incluindo os roteiros realizados para dialogar com a base. Ela destacou a recente participação do sindicato na audiência pública na Câmara de Vereadores, que debateu a estadualização do Hospital Municipal São José. Mara alertou a categoria que, durante a sessão, secretários do governo e a base governista defenderam a medida, que representa um retrocesso para os trabalhadores e para a população de Joinville.

Privatizações
Em seguida, o diretor Maciel Frigotto iniciou sua intervenção comemorando a participação dos servidores na assembleia, fruto da democracia sindical e do método de organização da classe trabalhadora. Maciel fez um informe sobre a concessão da educação municipal à iniciativa privada, um negócio de R$ 4,05 bilhões ao longo de 25 anos, no qual a empresa vencedora vai construir e gerir novas unidades de ensino. Seguindo o exemplo da privatização da educação, o diretor também abordou a tentativa de privatização da Companhia Águas de Joinville, pauta prioritária do governo Adriano Silva (Novo). Ele foi enfático ao afirmar: “Em todos os lugares onde o saneamento e a água foram privatizados, houve corrupção, aumento de tarifas e queda na qualidade do serviço”, alertando para os riscos que a população joinvilense corre.

Servidores aprovam por unanimidade pauta de reivindicações para 2026

Reforma Administrativa Nacional
A diretora Bruna dos Reis contribuiu com uma análise da conjuntura nacional, iniciando sua fala com uma crítica à apatia do movimento sindical. “Chegamos a um nível em que muitos sindicatos nem gostam de filiar trabalhadores. Preferem viver de taxas compulsórias e se esquecem do trabalho de base”, alertou. Ela abordou a grave ameaça da PEC 38/2025, a chamada Reforma Administrativa Nacional, que visa acabar com a estabilidade no serviço público, atrelando-a a metas e desempenho. Bruna ressaltou que este é um modelo que promove o assédio e as perseguições, realidade que muitos servidores já vivem em Joinville. Para enfrentar este ataque, é necessário organizar a classe trabalhadora: “Só há uma maneira de combater esta reforma: com uma greve geral organizada pelas centrais sindicais. Passeatas em Brasília e manifestações em gabinetes de parlamentares não vão barrar esta PEC”.

Pauta da Campanha Salarial 2026
Retomando a palavra, Mara Tavares apresentou, ponto a ponto, os itens que compõem a Campanha Salarial 2026, divididos entre pautas econômicas e sociais. Neste momento, os trabalhadores e trabalhadoras tiveram espaço para contribuir, compartilhando as dificuldades concretas enfrentadas no dia a dia, seja na educação, na saúde e demais setores da administração pública.

Por unanimidade, os trabalhadores aprovaram as pautas da Campanha Salarial 2026.

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