UPA-Leste e UPA-Sul se unem em paralisação no dia 8 de dezembro.
O UPA-Leste fará uma paralisação no dia 8 de dezembro, em dois períodos, por problemas estruturais, materiais e laborais na unidade de saúde. A decisão de suspender as atividades das 11h às 15h e das 19h às 21h foi tomada em assembleia nesta quarta (3). O movimento se une à UPA-Sul, que também fará uma paralisação no mesmo dia, das 12h às 14h.
As duas unidades vem denunciando há meses, com a ajuda do Sinsej, as condições precárias de trabalho: faltam macas, cadeiras, papel para ECG, pediatras, aparelhos para aferir pressão, além da sobrecarga por falta de concursos, terceirizadas que não oferecem serviços e casos de assédio. Desde junho o sindicato vem alertando a Secretaria de Saúde sobre os problemas enfrentados pelos servidores e pela população. Na assembleia de hoje (3), uma diretora de um dos PAs afirmou que não tinha conhecimento dos problemas na unidade sul.
A ironia da situação não é apenas os cinco meses que separam a primeira denúncia do Sinsej até o momento – tempo suficiente para se darem conta do problema. A ironia é que, uma das justificativas de Adriano Silva (Novo) para gastar R$ 100 milhões anuais em cargos comissionados, era que o serviço público deveria “ter bons líderes”. Que liderança é essa que nem ao menos visita as unidades de saúde ou conversa com a população, deixando o caos se instaurar num setor tão sensível como a saúde? Na UPA-Sul, como denunciamos há alguns dias, existe uma sala cheia de aparelhos quebrados que poderiam salvar vidas.
As paralisações são um ato de responsabilidade com a população. Não é possível atender os usuários de forma digna sem um mínimo de estrutura. Por outro lado, os moradores devem saber que a precarização dos serviços de saúde é proposital e joga com a vida da população. É um projeto pensado para justificar terceirizações no futuro.
O Sinsej convoca todos os servidores das UPAs a se mobilizarem e participarem das paralisações, assim como apela à população para que apoie este movimento.
