Colapso anunciado no Hospital Municipal São José

Continuam as denúncias de precarização da saúde em Joinville. E, uma vez mais, o Hospital Municipal São José está em pauta, com diversos problemas que afetam os servidores e a população.

De acordo com um servidor do hospital, a situação piorou significativamente na última semana, com um aumento expressivo na chegada de pacientes e a questão da alimentação sequer foi resolvida.

Faltam itens básicos, como macas, camas e cadeiras. A falta de espaço forçou, em certos momentos, a adaptação do necrotério para liberar macas destinadas aos atendimentos. Em alguns casos, pacientes permanecem por horas dentro de ambulâncias até que haja condições para recebê-los no hospital.

Segundo a denúncia, a pressão sobre o Hospital São José vem da alta demanda represada nas UPAs — que muitas vezes não conseguem realizar exames como tomografias. Neste sentido, desde junho o Sinsej vem denunciando a situação dessas UPAs, que culminou em uma paralisação dos servidores que exigiram manutenção e reposição de equipamentos, além de melhores condições de trabalho.

A capacidade interna do Hospital São José também está esgotada. Enfermarias planejadas para 25 leitos estão operando com cerca de 40 pacientes. Recentemente, esse número chegou a variar entre 80 e 100 pessoas, sobrecarregando as equipes.

A precarização da saúde, que pode comprometer a vida dos pacientes, não é um caso isolado. É um projeto para repassá-lo para uma Organização Social, como vem sendo constantemente anunciado pela prefeitura. E a manobra se estende a todos os setores dos serviços públicos: Águas de Joinville, CEIs, Escolas, hospitais etc.

Pela exigência da direção de aviso prévio para visitas, o sindicato tentou visitar os servidores hoje e não foi possível, mas amanhã estaremos acompanhando as denúncias.

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