Servidores encerram a GREVE
A greve dos servidores públicos do município de Joinville terminou hoje, totalizando 40 dias de uma paralisação histórica. Os trabalhadores tomaram a decisão em assembleia nessa manhã conscientes de que a proposta apresentada em forma de projeto de lei não era boa, posto que não atende a todas as expectativas e necessidades da categoria.
Agora, os servidores voltam ao trabalho, em respeito à comunidade, com a cabeça erguida e com a certeza de ter exposto a toda a população de Joinville a verdadeira face do governo Carlito Merss. A força desse movimento foi um exemplo aos trabalhadores da cidade e da região, que agora sabem que somente sua união pode garantir seus direitos.
Os servidores partiram de uma perspectiva de não receber nenhum reajuste em 2011 e 8% em janeiro de 2012. Mesmo abaixo de muita intransigência e sem a possibilidade de uma negociação franca, eles conseguiram adiantar 4% para esse ano e avançaram em conquistas sociais históricas da categoria, como o fim da ditadura do atestado, a revisão da legislação sobre o pagamento das gratificações em afastamentos, a regulamentação dos plantões nos PAs, a regulamentação dos professores contratados “a termo”, a regulamentação dos Agentes Comunitários de Saúde, entre outros.
Os trabalhadores se apresentarão em seus locais de trabalho a partir de amanhã, de acordo com seus respectivos turnos, e permanecem em estado de greve, até que todos os itens do projeto de lei e do termo de acordo sejam cumpridos. O Conselho de Greve, formado por representantes de cada setor escolhidos pela categoria, reúne-se novamente na próxima semana e auxiliará nos próximos encaminhamentos.
Outra frente onde a categoria continuará intervindo é o Judiciário. O Sinsej entrará com duas ações pedindo o pagamento dos dias parados e a reposição das perdas causadas pelo não reajuste de salário na data-base (calculado pelo Dieese). Além disso, o sindicato encaminhará uma representação à Organização Mundial do Trabalho denunciando a Prefeitura de Joinville por ato antissindical.