Agendada primeira rodada de negociação
O prefeito Udo Döhler agendou hoje (11/4) a primeira audiência de negociação da Campanha Salarial 2017 com o Sinsej. O encontro será na próxima terça-feira (18/4). A data-base dos servidores de Joinville é 1º de maio e a pauta de reivindicações está protocolada desde 21 de março.
Reivindicações
A pauta, aprovada em assembleia no dia 13 de março, solicita o reajuste com base na inflação mais 5% a título de reposição das perdas salariais acumuladas historicamente. Em abril, o INPC acumulado dos últimos 12 meses estava em 4,57%, mas este índice pode variar até a data-base.
Também pede a equiparação do valor do vale-alimentação com o pago pela Companhia Águas de Joinville, que é em média de R$ 680, e a extensão deste benefício para todos os servidores, incluindo aposentados. A revisão do plano de carreira geral, de modo que todos os servidores possam progredir por titulação e formação, a regulamentação dos 33,33% de hora-atividade, a contratação imediata e abertura de concurso para suprir a demanda nas unidades, a apresentação de proposta para o atendimento da saúde dos servidores e a revogação da portaria que suspende a venda de um terço de férias, indenizações e gozo de licença-prêmio e abono natalino constam ainda no documento. Ao todo, a pauta tem 11 cláusulas econômicas e 22 sociais, que atingem diversos setores. Ela também elenca sete acordos não cumpridos de campanhas salariais anteriores.
Clique aqui e leia a pauta completa.
Paralisação em 28 de abril
Os servidores de Joinville estão chamados a paralisar novamente no dia 28 de abril, atendendo à convocação nacional, que agora ganha reforço de outras centrais. A Reforma Trabalhista está agendada para ser votada ainda mais rápido que a da Previdência. Até o fim de maio, o governo federal pretende já ter finalizado a retirada de inúmeros direitos e a destruição da aposentadoria.
As atividades de 28 de abril começam às 9 horas, em frente à Prefeitura, com uma assembleia que discutirá o andamento das negociações municipais e a decisão sobre a próxima etapa de mobilização. A partir das 10 horas, todas as categorias da região estão convidadas a unirem-se aos servidores em manifestação contra as Reformas da Previdência e Trabalhista.
A ameaça da falta injustificada
A Secretaria de Gestão de Pessoas de Joinville enviou comunicados aos locais de trabalho afirmando que as paralisações de março serão consideradas faltas injustificadas. O Sinsej esclarece que a luta contra a efetivação desta ameaça tornou-se o primeiro ponto de discussão das negociações e que ela não deve desmobilizar a categoria. Nunca tal punição foi imposta aos servidores e este seria um grande ataque ao direito de organização dos trabalhadores.
A Reforma da Previdência fará com que muitos tenham que trabalhar até 15 anos a mais. A Trabalhista, por sua vez, poderá impor jornadas do início do século passado. Não será com dias de desconto que o prefeito impedirá os servidores de lutarem contra estas atrocidades.