Construir a Greve Geral é a única alternativa

Diaa 15 de março, trabalhadores do país mostraram sua disposição de luta I Foto: Ricardo Stuckert
Dia 15 de março, trabalhadores do país mostraram sua disposição de luta I Foto: Ricardo Stuckert

Acossado pelos capitalistas nacionais e internacionais (financiadores de suas campanhas), o presidente Michel Temer (PMDB) e seu séquito no Congresso Nacional têm pressa em avançar os projetos que destroem nossos direitos. Depois da PEC 55, que congela os investimentos no serviço público pelos próximos 20 anos, a pressa do governo agora é atacar diretamente o trabalho e o futuro de toda a classe trabalhadora.

No dia 22 de março foi aprovado o texto do PL 4302, que autoriza a terceirização sem limites. As portas estão abertas para que empresas amigas do prefeito tomem conta da educação, saúde ou qualquer outro serviço público. Pode ser o fim do concurso público e, na sua esteira, da estabilidade dos atuais servidores.

Continua, também, a tramitação dos projetos que versam sobre a Reforma Trabalhista, instituindo o famoso “Negociado sobre o Legislado” – sonho da época do tucano FHC. Se aprovadas essas propostas, nenhum direito do trabalhador terá vinculação legal e dependerá diretamente das negociações com o patrão. Pode representar o fim de conquistas históricas, como férias, 13º, jornada fixa…

Um dos projetos mais danosos e que tem ocupado o centro dos debates nas últimas semanas é a PEC 287, que acaba com nossa aposentadoria. De olho nos bilhões arrecadados anualmente pela Previdência Social, Temer quer impedir que o trabalhador se aposente para transferir esse dinheiro para a farra do “mercado”. Colocar a mão no dinheiro da nossa aposentadoria é um sonho antigo dos grandes bancos, incluindo os nacionais Bradesco, Itaú-Unibanco, Safra… Não à toa, o relator da PEC na Câmara, deputado Arthur Maia, teve sua campanha praticamente toda patrocinada pelos banqueiros.

Diante da intensidade dos ataques, não resta alternativa a não ser construir um grande levante contra essas medidas. Está chamado um novo dia de paralisação para 28 de abril. Os servidores de Joinville realizam assembleia neste dia, às 9 horas, em frente à Prefeitura, e discutirão também a Campanha Salarial 2017. Em Itapoá, será às 15 horas, em local a confirmar.

No entanto, para além dos atos pontuais, é preciso organizar uma greve geral no país, que paralise a produção e coloque definitivamente esse governo na parede. O Sinsej tem cobrado insistentemente da CUT e das demais Centrais Sindicais a sua responsabilidade nesse momento histórico. Propusemos um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora, que organize o enfrentamento a todas as reformas e a greve geral dos trabalhadores desse país.

Precisamos fazer nossa parte. E cada trabalhador está convocado a fazer história. Que mundo deixaremos para nossos filhos e netos? Participe da assembleia e dia de paralisação em 28 de abril. Lute. Vamos derrotar os projetos do governo Temer ou vamos morrer trabalhando.

Nem um passo atrás. Todos à Greve Geral.

Fora Temer e o Congresso Nacional.

Editorial do Jornal do Sinsej de março/abril

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