Conselho do Ipreville aprova parcelamento para Udo pela oitava vez
Pela oitava vez o governo de Udo Döhler pediu o parcelamento de cotas patronais previdenciárias não repassadas ao longo de um semestre ao Ipreville e, assim como em todas as situações anteriores, o Conselho Administrativo aprovou. Só com parcelamentos de contribuições a Prefeitura passa a dever aproximadamente R$ 200 milhões ao instituto. Somando este valor às dívidas de insuficiências atuariais, que representam hoje mais de R$ 710 milhões, o débito do município com a previdência de seus trabalhadores já alcança quase R$ 1 bilhão.
A votação no Conselho aconteceu na tarde desta terça (18/7) e foi acompanhada por vários servidores que atenderam ao chamado do Sinsej. Todos os representantes da categoria – um diretor do sindicato e três servidores eleitos – foram contra o parcelamento. Porém, como a composição das cadeiras é “paritária” e os outros quatro conselheiros são indicados pela Prefeitura, a votação empatou. Assim, a decisão final foi tomada pela presidente, indicada pelo governo.
Desde que assumiu, Udo Döhler não pagou em dia nem um mês das cotas previdenciárias patronais. Semestre após semestre, a Prefeitura vem atrasando pagamentos e, às vésperas de perder o Certificado de Regularidade Previdenciária, propõe o parcelamento da dívida acumulada. A soma das parcelas mensais pagas pela Prefeitura ao Ipreville somente com parcelamentos chegará agora a quase R$ 5 milhões mensais. Se considerada a reposição das insuficiências atuariais, as prestações sobem para R$ 7 milhões.
Os servidores têm feito a experiência de eleger todos os representantes possíveis para votar contra os parcelamentos no Conselho Administrativo do Ipreville, desde 2015. Porém, esta medida tem sido insuficiente. A única forma, de fato, de fazer com que o governo pague em dia suas obrigações com a previdência dos trabalhadores é a luta política direta, com a unidade e a mobilização da categoria.
#TiremAsMãosDaNossaPrevidência