Udo concede novo aumento da tarifa de transporte

Tirar dos trabalhadores e jovens para dar aos ricos

Passagem-de-onibus2O prefeito de Joinville Udo Döhler (PMDB) acaba de conceder um aumento da tarifa de transporte de 7,5% para o monopólio privado que administra o transporte coletivo urbano da cidade. A passagem antecipada passa de R$ 4 para R$ 4,30 e a embarcada de R$ 4,50 para R$ 4,65. Enquanto isso, os trabalhadores e jovens sofrem com o abandono da saúde, da educação, enfrentam enchentes – como a que estragou o Natal de muita gente, em 24 de dezembro –, a redução na quantidade e nos horários de ônibus, entre muitos outros problemas. Diante disso, o Sinsej une-se aos movimentos sociais da cidade que convocam um ato para 8 de janeiro, às 18 horas, na Praça da Bandeira.

O favorecimento de Döhler à iniciativa privada, em detrimento do serviço público é gritante. Os servidores que trabalham durante o recesso de fim de ano estão em greve desde 11 de dezembro por melhores condições de trabalho e o prefeito se nega a recebê-los. Cerca de 90% dos funcionários dos PAs aderiram ao movimento, levando a situações como o salto na média de atendimento diário do Hospital Bethesda, em Pirabeiraba, de 100 para 450 pessoas.

Enquanto o prefeito ignora essa situação, usa o dinheiro do povo para conceder um novo presente às famílias que detém a concessão do transporte na cidade há seis décadas. A data escolhida para assinar, 27 de dezembro, é uma antiga tática para evitar protestos, já que a cidade está vazia nesse período.

O valor do aumento evidencia ainda mais o absurdo: 5% acima da inflação, calculada em 2,5% em outubro. A título de comparação, os trabalhadores da Prefeitura receberam este ano 4% de reajuste (exato valor da inflação no período), parcelado em quatro vezes e com vários meses de atraso em relação à data base.

O Sinsej defende a criação de uma empresa pública de transporte, sob controle dos trabalhadores, que seja colocada realmente a serviço do povo. Defende ainda a aplicação da tarifa zero. O transporte é uma necessidade e um direito primário da população, que não pode ser fonte de lucros.

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