Nova paralisação dos servidores de Joinville será dia 15/6
O Sinsej esclarece aos servidores de Joinville que a assembleia prevista para a manhã desta quinta-feira (7/6) precisou ser cancela devido ao mau tempo. A paralisação durante todo o dia de hoje, no entanto, foi mantida. Em outros momentos, a categoria já realizou assembleias em dias de chuva no mesmo local. Ocorre que nunca foi preciso realizar uma votação tão importante nessas condições.
No dia de hoje, muitos trabalhadores teriam dificuldades de participar. Os poucos presentes teriam a responsabilidade de escolher entre rejeitar a proposta da Prefeitura e deflagrar uma greve em nome de todos os colegas ou aceitar esta proposta e encerrar a campanha salarial. Diante desse cenário, a direção do Sinsej precisou tomar a decisão que menos prejudicasse o conjunto da categoria. O Conselho de Representantes se reuniu no sindicato pela manhã e avaliou que a decisão foi acertada.
Nova paralisação dia 15 de junho
O Conselho de Representantes decidiu também convocar um novo dia de paralisação para 15 de junho, às 9 horas, em frente à Prefeitura. Foi descartada a possibilidade de realizar essa manifestação na quinta-feira porque nesse dia acontecerá uma Feira de Matemática que muitos servidores demonstraram a intenção de não prejudicar.
Este prazo também é importante porque permite a intensificação da mobilização – com visitas aos locais de trabalho, divulgações à imprensa e nos canais de comunicação do Sinsej.
Desconto dos dias parados
Na última reunião entre o sindicato e o governo, na segunda-feira (4/6), o prefeito Udo Döhler concedeu o abono das paralisações de 30 de maio e de hoje. No entanto, logo após o comunicado de que a assembleia desta manhã estava cancelada, a Prefeitura tentou fazer os servidores voltarem ao trabalho com o velho terrorismo em relação ao desconto das horas. Essa atitude do governo demonstra desespero e prova que a decisão de manter a paralisação foi acertada.
O Sinsej lembra que essas ameaças surgem às vésperas de todas as mobilizações da categoria, com o objetivo de desmobilizar. Os servidores não devem se deixar intimidar. Riscos de desconto sempre existem, mas o sindicato trata esta questão com prioridade nas mesas de negociação.
Acima de tudo é preciso compreender que os cortes de direitos e a desvalorização salarial que os servidores estão sofrendo são prejuízos muito maiores do que os possíveis descontos. A Prefeitura só deixará de tentar intimidar quando perceber que os trabalhadores não temem ameaças.
Relembre a proposta da Prefeitura
- Reajuste salarial de 1,69%, a ser pago sobre a folha de agosto
- Reajuste do vale-alimentação de R$ 13,25.
- Gratificação de interiorização aos Agentes Comunitários de Saúde (que varia entre R$ 83 a R$ 147)
- Alteração na tabela salarial do magistério, de forma a contemplar a possibilidade de doutorado e ampliando em um quinquênio.
Para o Sinsej, esta proposta é insuficiente. Ela ignora dezenas de pontos da Pauta de Reivindicações da categoria, como a retomada do direito de licença-prêmio, e não repõe o real aumento do custo de vida dos trabalhadores.
Também é preciso destacar que a proposta da Prefeitura para implementação de um terço de hora-atividade para o magistério desconta o tempo do recreio. Com essa conta absurda, o governo compreende que os professores já estariam devendo horas.
Todos os servidores estão chamados a ajudar a divulgar essas informações e mobilizar para a próxima paralisação. A única forma de reverter os ataques e conquistar uma proposta melhor é construir uma grande greve por tempo indeterminado.
Firmes na luta! Todos à Prefeitura no dia 15 de junho, às 9 horas.
Na luta pelo serviço público #NãoTemArrego