Sem Valorização. Metas irreais da prefeitura deixam servidor sem gratificação

Neste início de junho, muito servidores da educação aguardavam ansiosamente pela gratificação a qual julgavam ter direito a receber, baseados no projeto de meritocracia proposto e sancionado pela prefeitura no segundo semestre de 2022. A promessa é de que o valor da gratificação poderia chegar a oito mil reais. Porém, assim como o sindicato já havia alertado, os profissionais perceberam que se tratava de uma armadilha.

Vários servidores não receberam as gratificações e muitos receberam bem menos do que esperavam. O projeto do prefeito Adriano Silva (NOVO) previa recompensar os trabalhadores da educação através da “meritocracia”.

Porém, para receber os maiores valores, os profissionais não poderiam ter faltas (justificadas ou não) e ainda dependiam de uma série de metas irreais, que deveriam ser atingidas por eles e por toda a escola, incluindo os alunos. Isso fez com que eles fossem trabalhar doentes, para não perderem o dinheiro das gratificações. Tudo em vão.

Na época em que o texto ainda tramitava na Câmara de Vereadores, o Sinsej alertou os servidores e parlamentares que o projeto não valorizaria o trabalhador como prometia a prefeitura. As metas eram completamente irreais e impossíveis de serem alcançadas. Infelizmente, o prefeito e os vereadores do partido NOVO conseguiram ludibriar os profissionais com discursos sobre meritocracia. Eis que o momento dos pagamentos chegou e mostrou que o Sinsej estava correto.

Muitos servidores se sacrificaram, trabalhando sem condições de saúde. Porém, com a Covid-19 ainda atingindo a população e com o surto de dengue que se espalhou pela cidade, nem com todo sacrifício foi possível chegar as metas estipuladas. A situação por si só é degradante, pois não visa o bem-estar e a saúde do profissional, apenas explorar sua mão de obra ao máximo.

Além disso, houveram os descontos do imposto de renda, que diminuíram ainda mais os valores recebidos. Se quisesse valorizar o servidor como tanto prometia, Adriano Silva teria incorporado o valor ao salário, como sugeriu o sindicato. Ai sim todos receberiam.

Entendemos que o servidor público de Joinville não precisa mais mostrar que merece valorização. Ele vem provando isso há anos. Santa Catarina tem o quarto melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Brasil e a cidade de Joinville tem seis escolas entre as 10 melhores do estado.

É importante lembrar ao prefeito Adriano Silva, que nos piores momentos, os servidores estiveram lá, trabalhando e ajudando a sustentar a educação da cidade. Já aos servidores, é sempre importante lembrar que é o sindicato quem sempre estará lutando pela categoria. A prefeitura não é confiável e mais uma vez mostrou que não valoriza seus trabalhadores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

dezenove − 7 =