Sinsej faz inspeção na UPA Sul após denúncia de servidores

 

Dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej) fizeram uma inspeção na UPA Sul na última quinta-feira (23/11), após receberem uma série de denúncias pelas redes sociais. Após a visita à unidade, a direção do sindicato protocolou uma denúncia no Ministério Público do Trabalho. A inspeção foi acompanhada pelo jornalista Leandro Ferreira, do Guará Jornalismo, que noticiou a situação caótica em que se encontra a UPA.

“Pronto socorro lotado, barulhos de furadeiras e obras, cano estourado e vazamento de água. Ah, em meio a este cenário – três horas de espera para atendimento. Foi essa condição que motivou a denúncia ao Sindicato – um pedido de socorro, na verdade”, relata o jornalista.

Os problemas na UPA Sul agravaram-se por conta das obras de manutenção que ocorrem no local. Logo na recepção, onde os pacientes chegam para o primeiro atendimento, a situação, que já costuma ser turbulenta, é ainda pior por conta do barulho da obra.

O Sinsej também constatou um homem trabalhando na obra sem equipamentos de proteção individual (EPIs). “Não seria exagero afirmar que isso já virou regra em obra da prefeitura – lembram do caso de trabalhadores em condições precárias no início do ano nas obras do CBEA?”, lembra o jornalista Leandro Ferreira.

Salas sem ar condicionado, cadeiras de espera sem encosto, almofadas rasgadas, apoios de braços quebrados, equipamento de buffet queimado, falta de equipamentos essenciais, funcionários sobrecarregados e horas e mais horas de espera por atendimento. Foi isso que constataram os dirigentes do Sinsej e a imprensa na inspeção na UPA Sul.

Promotor abre investigações sobre UPA Sul

Conforme publicação do Guará Jornalismo, o promotor do Ministério Público de Santa Catarina, Felipe Schmidt, fez uma visita na UPA Sul na semana passada e abriu duas investigações. Uma sobre a falta de medicamentos e a outra sobre a falta de móveis.

“A fiscalização surpresa do promotor, feita na segunda-feira, 20, constatou a falta de nove medicamentos na UPA. Entre os remédios faltantes estão Salbutamol e Amoxicilina”.

O promotor também constatou a situação de móveis inadequados e listou a necessidade de compra de “35 cadeiras giratórias, 25 cadeiras fixas, 60 cadeiras longarinas (três lugares), 14 poltronas e computadores (não especificou quantidade)”.

O promotor também “constatou a necessidade de contratação de mais um farmacêutico e um enfermeiro – demanda que já é analisada pelo MPSC em outros processos”.

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