Sinsej denuncia falta de materiais nas unidades de saúde

Na manhã desta terça-feira (23), o Sinsej esteve na UPA Sul para averiguar mais denúncias de falta de materiais para os servidores trabalharem. Na unidade, o sindicato constatou que não há condições dos trabalhadores atenderem adequadamente a população.

Na UPA Sul já faltou de tudo nos últimos meses. Desde papel para imprimir receitas até esparadrapo, que não chega na unidade há mais de um ano. Atualmente os materiais em falta são luvas, espaçadores, fraldas, medicamentos, além de funcionários para atender na recepção.

No caso do cateter de punção periférica, não estão vindo todos os tamanhos necessários. Crianças e idosos, necessitam de cateteres mais finos e apenas os mais grossos estão sendo entregues. O mesmo acontece com as fraldas. A unidade recebeu apenas fraldas no tamanho G. Pacientes que usam P, M ou GG precisam substituir a fralda por um lençol.

Já as luvas só haviam G e P, nada de M. Também não foram entregues luvas para profissionais que são alérgicos ao látex e não podem vestir as comuns. É muito importante que esse material seja usado no tamanho correto, uma vez que precisa ficar bem justo nas mãos do profissional. Usar uma luva maior ou menos oferece risco ao paciente e ao profissional.

O espaçador para inalação também está em falta. Como é um equipamento muito necessário, os funcionários da UPA acabam improvisando uma máscara presa a bomba de ar com esparadrapo.

A situação não se limita a UPA Sul. A tarde, o Sinsej foi até a unidade Bakhitas, no bairro Boa Vista e constatou que lá também faltam materiais, além de medicamentos. Anteriormente, o sindicato já havia denunciado que as unidades do Ulysses Guimarães e Costa e Silva também sofriam com a falta de materiais.

Ao saber da ida do Sinsej até a UPA Sul, a prefeitura mandou entregar as pressas alguns poucos materiais na unidade para mascarar o problema, o que denota a falta de vergonha na cara dessa gestão.

Além dos materiais, a UPA também tem problemas na recepção. Recentemente, as recepções foram terceirizadas para a empresa Phoenix, que quase nunca consegue colocar uma equipe completa para a atender a população. Com frequência, técnicos de enfermagem são deslocados dos seus postos de trabalho para cobrir a recepção.

Nesta quarta-feira (24), a direção do Sinsej tem uma reunião com representantes da Central de Abastecimento de Materiais e Equipamentos (Came), onde vai cobrar uma resolução imediata para os problemas. A população tem direito a um bom atendimento e os servidores precisam dos materiais adequados para trabalhar. O Sinsej continuará fiscalizando as unidades e denunciando os locais onde a prefeitura e suas terceirizadas não estiverem atuando corretamente.

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