Nota de repúdio ao programa TVBE Entrevista
O Sinsej repudia os comentários do apresentador do programa TVBE Entrevista Sérgio Silva pelos seus comentários, no dia 10 de novembro, ao estado de greve dos servidores da Câmara de Vereadores de Joinville. O profissional claramente desconhece a pauta destes trabalhadores e tenta deslegitimar o movimento com alegações falsas.
Sérgio disse: “O Ulrich tem ido algumas vezes na Câmara pedindo para os funcionários entrarem em greve, solicitando um reajuste nos salários, não apenas o da inflação linear, ele quer que os reajustes sejam ponderados para os servidores que acabaram de entrar, o que chamam de estágio probatório”. Em primeiro lugar, o sindicato esclarece que os próprios servidores pediram o apoio do seu representante legal. Em segundo lugar, a pauta de reivindicações é clara, e em nenhum momento menciona o reajuste salarial. O que pede, é o direito de acesso aos cursos, previsto no plano de carreira da categoria, aos servidores em estágio probatório.
Sobre o vale-alimentação, Sérgio Silva alegou “que é um absurdo”. Um estudo realizado sobre o vale-alimentação de Joinville e região revelou que entre os menores valores está o da Câmara de Joinville. O apresentador também alegou que a grande maioria dos trabalhadores “não quer nenhum tipo de conflito”. “A decisão foi tomada em assembleia aberta. Qualquer divergência teria sido manifestada pelos servidores na própria assembleia”, falou o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter.
Por fim, demonstrando total falta de conhecimento da situação, Sérgio afirmou: “Mas o Sindicato quer mais, é porque não é deles o dinheiro. Não é do Ulrich, é do povo, ai é fácil meter a mãozona para remunerar os servidores que trabalham seis horas por dia, de segunda a sexta. Tem férias como os vereadores, dois meses no ano”.
O que Sérgio Silva fez em seu programa é um desserviço aos joinvilenses. A luta dos servidores da Câmara de Vereadores não é pelo aumento de salário, é por mais dignidade no seu local de trabalho. Tratam-se de trabalhadores que cumprem com seu dever e que não possuem privilégios, como citado pelo jornalista, de dois meses de férias. Igual a qualquer trabalhador da iniciativa privada ou pública, eles possuem o direito de lutar pelas suas reivindicações e de contar com o apoio de seu sindicato.
O Sinsej espera que Sérgio Silva retrate-se publicamente das suas afirmações e conceda o devido espaço de resposta ao sindicato para que sejam esclarecidas todas as afirmações incorretas.