Proposta da Prefeitura de Joinville aprovada
Servidores permanecem em estado de greve até aprovação dos projetos
Os servidores de Joinville decidiram ontem (25/11) aprovar a proposta da Prefeitura. Eles permanecerão em estado de greve até que as reivindicações, que precisam virar lei, sejam aprovadas na Câmara de Vereadores.
Mobilização levou a conquistas
Na terça-feira passada os trabalhadores da Prefeitura de Joinville fizeram um dia de paralisação por um Calendário Escolar 2014 melhor, concessão de pontos facultativos no próximo ano, pagamento de hora extra para quem trabalhar no recesso, implantação de um terço de hora-atividade para o magistério e elevação do valor do adicional noturno.
Menos de 24 horas depois do movimento, Udo Döhler recebeu a diretoria do Sinsej e, após uma longa negociação, concordou em atrasar o retorno dos professores ao trabalho de 3 para 6 de fevereiro. O início das aulas, que estava programado para dia 5, passou para 10 de fevereiro. Sobre o um terço de hora atividade, o prefeito propôs uma aplicação gradativa em até seis anos.
Outro ponto importante em que houve avanço foi o compromisso de pagamento de um abono aos servidores que trabalharem durante o recesso de final de ano. O Executivo se comprometeu em regulamentar esse pagamento para o futuro, ou seja, a cada novo recesso de final de ano, a regra passaria a valer automaticamente. Por fim, o prefeito concordou com o ponto facultativo na terça-feira de Carnaval, dia 4 de março de 2014. Em 2013, os servidores trabalharam nesta data.
Mais avanços
Após a reunião da semana passada, a direção do sindicato já havia divulgado que reconhecia avanços em relação à posição anterior da Prefeitura. Apesar de não ser a ideal, a proposta apresentada era a possível na conjuntura atual do movimento dos servidores. Porém, ainda havia margem para avançar e, na tarde de ontem, os sindicalistas foram à Prefeitura mais uma vez.
Com o novo encontro, eles conseguiram aumentar o valor do abono do recesso de fim de ano proposto por Döhler para 150% da hora trabalhada. No início da reunião do dia 20, o prefeito era contra o pagamento deste benefício, mas, ao fim, comprometeu-se em pagar cada hora trabalhada em dobro, ou seja, um abono de 100%. Porém, isso ainda não atendia a reivindicação dos servidores, pois historicamente como hora extra, não como abono, o que resultava em um valor maior. Esta conquista beneficiará principalmente a área da saúde. A direção do Sinsej acredita que, mais do que a garantia de que os servidores receberão este ano, a regulamentação deste pagamento é um grande avanço.
Dias parados
O Sinsej também questionou na reunião de segunda passada como ficariam as horas paralisadas. Acordou-se que nenhum servidor terá uma falta injustificada computada por ter parado em nenhum dos dias. Isso significa que ninguém levará punições na carreira.