Servidor é investimento e não despesa

Esclarecimento sobre nota divulgada pelo jornal A Notícia

No último sábado (13/8) o colunista Jefferson Saavedra, do jornal A Notícia, publicou a nota “O peso da maior despesa da Prefeitura de Joinville”. Seu texto alerta os candidatos ao Executivo nestas eleições: “um tema a ser considerado pelos candidatos a prefeito de Joinville na elaboração dos planos de governo é o peso da folha de pagamento nas contas municipais, disparada a maior despesa do município e com pequena margem para economizar neste terreno”. A nota também diz que “ainda sem o reajuste da inflação de 2016, a folha de pagamento está em R$ 790 milhões anuais”.

Alguns esclarecimentos precisam ser feitos. O crescimento da folha “bem acima da inflação”, como apontado no texto, é explicado pelo ingresso de novos servidores. É natural que com o passar dos anos novos servidores sejam contratados, que os seus salários sejam melhorados e os serviços sejam ampliados. Afinal, qual a razão de uma Prefeitura existir se não proporcionar o atendimento público à população?

No cenário mundial, o país é um dos últimos colocados no número de servidores em relação à força de trabalho. A Dinamarca tem 32,2%, na Suécia 25,8%, Reino Unido 21,5%. No Brasil, o percentual é de 11,4%.

O valor da folha de pagamento não representa um gasto, mas um investimento para a cidade e seus moradores. Em Joinville, e no país todo, esse investimento está muito abaixo do necessário para garantir um serviço público de qualidade. Prova disso é a falta de vagas nos CEIs, de leitos no hospital, de remédios nos postos de saúde, de revitalização do asfalto, entre outros diversos.

É preciso esclarecer que os candidatos à Prefeitura e à Câmara devem entender qual o papel do Estado. Investir em saúde, educação, transporte e cultura públicos, gratuitos e para todos. Não se faz isso sem o servidor público.

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