Categoria rejeita nova proposta
Os servidores públicos de Joinville em greve rejeitaram nova proposta da Prefeitura, apresentada na manhã de hoje (13/6) ao sindicato. O Executivo manteve a posição sobre o reajuste de 8%, dividido nos meses de outubro, novembro e janeiro e propôs o desconto dos dias parados em seis vezes. O único avanço veio com a possibilidade de compensação dos dias parados por meio de banco de horas e reposição do salário descontado.
Os trabalhadores também decidiram que apresentarão contraproposta à Prefeitura, pedindo 8% na data-base (maio de 2011), não desconto dos dias parados, arquivamento dos processos relativos à greve e manutenção das demais cláusulas. O restabelecimento das negociações foi intermediado pelo Judiciário, por iniciativa do diretor do Fórum de Joinville, Davidson de Mello.
Boatos
Ao contrário do que tem sido disseminado por meio de boatos, a direção do Sinsej não participou de nenhuma negociação durante o final de semana. Na sexta-feira (10/6), o juiz Davidson de Mello procurou o Sinsej para ouvir a posição dos trabalhadores e se colocou à disposição para intermediar a negociação. Após isso, apenas na segunda-feira de manhã, a Prefeitura comunicou que receberia o sindicato para apresentar mais uma proposta. Os sindicalistas atenderam prontamente e aproveitaram a reunião para tencionar uma melhora para o acordo.
O documento apresentado pela Prefeitura tinha o título de Termo de Acordo entre Sinsej e Município de Joinville e trazia todas as proposições apresentadas à categoria durante a assembleia. Estranhamente o documento não continha o timbre da Prefeitura ou algum número de ofício ou registro e, por necessitar da aprovação dos trabalhadores, não recebeu assinaturas, tanto por parte da Prefeitura, quanto do sindicato.
As tentativas do Sinsej de avançar na negociação se frustaram diante da proposta da Prefeitura, que desde o início foi sinalizada pelos representantes do sindicato como pouco inovadora e fraca, se considerado o objetivo de encerrar a greve.