Qual a solução para a saúde dos servidores?
O Vitaserv, plano de saúde que atende 7,5 mil vidas em Joinville, entre servidores e suas famílias, vem demonstrando sinais de debilidade financeira. De acordo com os números apresentados na prestação de contas em 31 de maio, o prejuízo do plano já passa dos R$ 4 milhões.
Inicialmente, o rombo foi justificado com o valor do subsídio da Prefeitura. De acordo com o gerente do Vitaserv, Luiz Fernando Romais, os R$ 300 mil que eram repassados mensalmente foram calculados para arcar com os custos de apenas 5 mil usuários, o que significa que o plano estaria 50% acima da sua capacidade.
Porém, desde maio, o Vitaserv está recebendo um adicional de R$ 160 mil (53,3% a mais) no repasse da Prefeitura e, ainda assim, a direção do plano anunciou na assembleia de 16 de junho que há necessidade de reajustar a contribuição dos usuários.
De acordo com a proposta aprovada, cada associado passará a contribuir individualmente – antes não importava o número de dependentes do titular do plano. Além disso, o valor não será mais calculado pela faixa salarial, mas pela idade dos usuários. Em alguns casos, a mudança aumentará as prestações em até 100%. Em média, o reajuste será de 60%. A co-participação em procedimentos ambulatoriais e pronto atendimentos também passará a 30%, já em internações clínicas, o valor a ser pago será de R$ 200.
Diante disso, é preciso refletir sobre a viabilidade desse plano de saúde. O Vitaserv é uma empresa privada, consome milhões em dinheiro público, está ampliando o valor cobrado dos usuários e, ainda assim, não apresenta um futuro financeiro otimista.
O Sinsej defende uma saída pública para o problema do atendimento de saúde dos servidores. Está na hora de a Prefeitura assumir com firmeza sua responsabilidade para com os trabalhadores que atendem o conjunto da população de Joinville. Ao invés de queimar uma imensa quantia de dinheiro público numa empresa privada, que atende a uma minoria da categoria, o Poder Executivo precisa apresentar uma solução para TODOS os servidores. De nossa parte, estamos dispostos a fazer esse debate urgente.
A saúde dos servidores municipais de Joinville não pode esperar.