Continuar avançando

Por Ulrich Beathalter
Editorial do Informativo do Sinsej de fevereiro 

A atual direção do sindicato está findando seu primeiro mandato. É momento de um breve balanço dos últimos três anos, sem perder de perspectiva a Campanha Salarial que temos pela frente ainda em 2013 e o que a categoria deseja para seu sindicato de agora em diante.

Há três anos o Sinsej era outro. A aposta no assistencialismo desenfreado e usado como moeda de troca nas eleições sindicais deixou um rastro de problemas financeiros e a ausência total de discussão e organização política da categoria pela defesa de seus direitos.

A atual diretoria assumiu o sindicato numa situação financeira caótica, com cheques sem fundo na praça, títulos protestados nos cartórios e dívidas com financeiras, conveniadas e fornecedores. Após um primeiro ano conturbado, a ação firme imposta pelos novos diretores foi decisiva para estancar o déficit nas contas, pagar todas as contas atrasadas e investir no patrimônio dos associados. Com transparência e honestidade, aplicando cada centavo com muito zelo, foi possível reformar a sede, melhorar a colônia de férias e adquirir dois novos veículos. Em 2012, essa direção inovou, ao disponibilizar – pela primeira vez na história – a devolução do Imposto Sindical aos servidores.

Mantendo a estrutura assistencial existente, mas com mudança de foco, os diretores concentraram-se em organizar a categoria para a luta em defesa dos seus direitos. Assim, em pouco tempo, duas grandes greves aconteceram. E delas resultou o fim do arrocho salarial. Nestes três anos, pela primeira vez em muito tempo nenhum servidor acumulou perda salarial. Pelo contrário! Com as greves de 2010 e 2011, acumulamos ganho real nos salários. Isso nos possibilita aos poucos ir recuperando toda a defasagem que vinha se acumulando há pelo menos doze anos.

Resultado direto das greves também foram o fim da Ditadura do Atestado, a implantação do vale-alimentação, a ampliação do pagamento das gratificações no Hospital São José, a incorporação do abono no Magistério, a ampliação das licenças e do valor nominal dos vencimentos para os ACS’s, a implantação de regras claras para as diárias aos servidores em viagem – além de muitas outras conquistas.

Com Unidade, Organização e Luta, os servidores municipais de Joinville deixaram para trás uma história de acúmulo de perdas salariais, de retiradas de direitos, de omissão da direção do sindicato e de ausência de espaço para discussão de propostas para a defesa da categoria. No final de 2011, a categoria cresce, com a ampliação da base de representação do Sinsej para Garuva e Itapoá.

Apesar de toda a conjuntura adversa, com os problemas deixados pelas gestões anteriores e com um governo inflexível, a luta organizada da categoria conseguiu manter e ampliar direitos. Agora é preciso avançar. Temos novos governos nas cidades representadas. Isso não significa que nossos problemas estão resolvidos. Mais que nunca, é preciso manter a categoria unida, sob o risco de novos ataques aos salários e à nossa carreira.

Coincidentemente, o sindicato passa por eleições. É hora de cada associado votar e ajudar a tomar uma importante decisão. Ou continuamos avançando ou apostamos no velho modelo sindical que já tivemos. Quem dirigirá esta e as próximas Campanhas Salariais? Está nas nossas mãos o futuro do sindicato e de toda a categoria.

A luta continua, companheiros.

 

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