Legislativo pode fechar as portas aos servidores

De acordo com informações da Câmara de Vereadores de Joinville, a mesa diretora da Casa organizará um aparato de segurança para impedir a entrada dos servidores em greve no plenário da Câmara nesta terça-feira (21/5).

Se confirmada a informação, essa atitude significará um ataque à democracia. Impedir a participação da categoria representa um ato de desrespeito com os trabalhadores, que sempre conduziram suas mobilizações de forma organizada e pacífica.

Os servidores marcaram concentração hoje às 14 horas devido ao fato de a prefeitura ter enviado no dia 16 um projeto de lei sobre o reajuste salarial, sem a aprovação da categoria. A medida do poder Executivo quer encerrar de foram unilateral as negociações, passando essa responsabilidade para o poder Legislativo. Porém, no entendimento da categoria, está somente nas mãos do prefeito Udo Döhler atender de forma suficiente as reivindicações e acabar com o movimento grevista.

A diretoria do Sinsej buscou na manhã de hoje contato com o prefeito Udo Döhler e com o presidente da Câmara de Vereadores João Carlos Gonçalves, ambos do PMDB. Porém, não obteve respostas. O sindicato reafirma que se mantém aberto ao diálogo e à negociação. Tudo o que poderá acontecer a partir desta tarde é de responsabilidade do prefeito e do presidente da Câmara, que resolveram abandonar o diálogo e partir para o enfrentamento puro e simples.

O Sinsej protocolou na última sexta-feira (17/5) no Legislativo um ofício pedindo a abertura das negociações sobre a pauta de reivindicações próprias dos servidores da Câmara. Outro ofício foi entregue na segunda (20/5), desta vez ao prefeito Udo Döhler, pedindo a manutenção das negociações com a retirada do projeto lei. Até o momento, ambos não tiveram resposta.

O Sinsej reafirma que a disposição e a boa vontade de negociação continuam, cabendo aos chefes do Executivo e do Legislativo as próximas iniciativas.

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