Prefeito precisa assumir a negociação

Na data de ontem (15/10), ocorreu nova rodada da mesa de negociações entre o SINSEJ e representantes da Prefeitura de Joinville. Desde o fim da greve, em maio deste ano, sucessivos encontros vêm sendo realizados. Até o momento, porém, o saldo das conversas é negativo.

Secretária de Gestão de Pessoas, Secretário da Educação, Diretor Executivo do Gabinete, Procuradoria e outros representantes do governo simplesmente não têm autonomia ou decisão firme de fazer avançar as reivindicações.

Dos compromissos da Campanha Salarial, alguns foram descumpridos, como é o caso do fim dos descontos dos atestados dos professores com hora termo, a ampliação do passe-professor e a regulamentação das transferências “de ofício”.

Os demais itens, que seriam discutidos na mesa permanente de negociação, estão sendo categoricamente ignorados pela equipe do governo. Até o momento nenhuma sinalização para o atendimento de vários pedidos, alguns urgentes – como a solução do problema do atendimento da saúde dos servidores.

Ataques à vista

Além de não avançar na pauta apresentada, a Prefeitura tem anunciado medidas que retiram ou reduzem os direitos dos servidores. Para o ano que vem, foi anunciado um cronograma de pontos facultativos que não contempla a terça e quarta-feira de Carnaval e nem a Quinta-feira Santa – tradicionais pontos facultativos da categoria. Pra piorar, o retorno previsto em 2015 é dia 2 de janeiro, uma sexta-feira.

Para o Magistério, além de não atender os 33% de hora-atividade previstos na Lei Federal, a Prefeitura anuncia uma medida maldosa e rasteira, ao considerar que os professores estariam “devendo” horas de trabalho ao município. Nessa esteira, anuncia um calendário escolar para 2014 com 14 dias a mais de trabalho.

Ainda ontem a equipe do governo anunciou como praticamente impossível o pagamento das horas extras para os servidores que trabalharem no recesso do final de ano.

Por fim, numa atitude ousada, a Prefeitura tentou impedir o acesso do sindicato aos locais de trabalho, por meio de um memorando enviados às Unidades de Trabalho. Memorando obviamente ignorado pela direção do sindicato e pelas chefias locais.

Hora de a categoria entrar em cena

Há anos explicamos que negociações em gabinetes, a portas fechadas e longe dos trabalhadores, não costumam trazer avanços ou benefícios. Quando os trabalhadores participam e demonstram Unidade, Organização e disposição de Luta, os resultados são diferentes.

Dia 29 de outubro haverá assembleia, às 19 horas, na Câmara de Vereadores. É o momento de todos juntos defendermos nossos interesses.

Por parte do governo, é hora do próprio Prefeito assumir a mesa de negociações. Ou negociamos com quem realmente decide ou a mesa atual perde a razão de ser, pois secretários sem autonomia não podem resolver os problemas dos servidores.

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