PAs paralisam contra a terceirização

Paralisação disse NÃO para a terceirização | Foto: Johannes Halter

Servidores contestam a falta de médicos e continuarão mobilizados contra terceirização.

Servidores das três unidades de Pronto Atendimento de Joinville (PAs) paralisaram as atividades durante uma hora na manhã desta quinta-feira (19/3). O objetivo foi fazer com que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde esclarecessem as informações sobre a contratação de uma empresa para gerir estas unidades.

Em reunião com representantes do sindicato no mesmo dia, a Secretária da Saúde, Larissa Nascimento, informou que a expectativa da Prefeitura é abrir edital para o credenciamento de profissionais e empresas que possam suprir a falta de médicos nessas unidades. Porém, o sindicato e os servidores questionam essa medida.

Segundo os médicos que atendem nos PAs de Joinville, hoje estão em atuação 58 profissionais, sendo que apenas três estão afastados por licenças. Com essa quantidade de servidores, as escalas de atendimento estão completas, com a ausência de apenas dois médicos no PA Sul. Ainda conforme os servidores, essa lacuna poderia ser suprida com pequenas alterações na escala, que já foram propostas pelos próprios médicos, mas não foram acatadas pela Secretaria de Saúde.

Os servidores entendem que o argumento da Prefeitura, de que faltam médicos para atuar nos PAs, não é verdadeiro. Essa seria apenas uma justificativa para iniciar um processo de terceirização na saúde joinvilense. A preocupação dos servidores é de que uma ação como essa seja anunciada pela Prefeitura como a solução para a saúde. Na verdade irá precarizar as relações de trabalho e atacar diretamente a carreira dos servidores concursados, diminuindo a qualidade do serviço público.

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Uma proposta da categoria será apresentada para a Prefeitura | Foto: Johannes Halter

Concurso Público é o início da solução

Com o concurso anunciado e emperrado desde 2013, o edital para empresas e profissionais deveria suprir as necessidades emergenciais de contratação, mas, para o Sinsej, a medida não deve surtir efeito e apenas irá burocratizar o processo. Por isso, os servidores exigirão da Secretaria de Gestão de Pessoas que defina com urgência a realização do concurso público. Enquanto isso, é necessário que as Secretarias de Saúde e Gestão Pessoas realizem um processo seletivo simplificado para cobrir as necessidades emergenciais.

Sindicato e servidores vão oficializar a reivindicação ao Executivo e aguardarão por resposta até o dia 27 de março. Nessa data, ocorrerá a assembléia da categoria e novas mobilizações poderão ser organizadas, caso a Prefeitura não apresente resposta.

Ainda na tarde de hoje o Sinsej terá em audiência com a Promotoria de Cidadania de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual. O objetivo será tratar da necessidade urgente de concurso público, além das alternativas para suprir as vagas mais urgentes.

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