Contra servidores, vereadores votaram projetos
Pela quinta sessão consecutiva os servidores de Joinville em greve foram à Câmara de Vereadores, hoje (10/6), para pedir o trancamento da pauta. Mesmo sem conseguir ouvir e discutir, em meio aos gritos de protesto da categoria, os parlamentares votaram projetos. O vereador Adilson Mariano requisitou o encerramento da sessão e Maycon Cesar pediu votação nominal desta solicitação. Ambas as propostas foram rejeitadas, com os votos da base governista.
“Vergonha, vergonha, vergonha”, gritavam os trabalhadores. Os vereadores Adilson Mariano, Odir Nunes e Maycon Cesar chegaram a evocar o artigo 107, inciso primeiro, do Regimento Interno da Câmara de Vereadores, que prevê o encerramento da sessão mediante tumulto ou barulho. Porém, o presidente da Câmara, João Carlos Gonçalves, manteve-se impassível e continuou colocando projetos em discussão. Dois recessos foram feitos. “O que estamos assistindo hoje é aberração. Vereadores votam sem ouvir e discutir. Seguem ordens à risca do Executivo”, declarou o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter.
Após o fim da sessão, o sindicalista tomou a palavra e pediu aos servidores que compareçam em massa ao ato convocado para amanhã, às 9 horas, em frente à Prefeitura. Ele solicitou que cada trabalhador convidasse seus colegas por telefone, redes sociais e e-mails. “Os vereadores preferem sangrar individualmente para atender aos interesses do prefeito”, disse. “Tenho certeza de que o estrago político para eles já está feito e nós não podemos perder o foco de resolução da greve”. Ulrich reafirmou ainda que o momento não é de dúvida ou medo diante do discurso da Prefeitura e que a greve só acaba quando a categoria decidir coletivamente.
Confira um pequeno trecho da sessão e a forma como os vereadores votaram sem discussão: