Representantes do Sinsej se reuniram na quarta
“Essa reunião é histórica”, disse o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, ao abrir o Conselho de Representantes, na tarde de ontem (9/7), com a participação de 56 trabalhadores. A liberação dos conselheiros pela Prefeitura para participar de um encontro por semestre foi uma das conquistas da greve de 2014. Esta instância, assim como o Congresso, foi oficializada com a mudança estatutária do sindicato, realizada no ano passado.
A principal função dos conselheiros é a organização das lutas da categoria no seu local de trabalho. Segundo o Estatuto do Sinsej, para ser eleito é preciso estar filiado à entidade, pois o servidor escolhido será um elo entre o sindicato e os trabalhadores. Além disso, não pode ser representante quem esteja em algum cargo de comissão. Essa é uma forma de garantir a independência do conselho em relação ao governo.
Outra tarefa designada pelo estatuto aos representantes é a de aprovar o regimento do congresso do Sinsej. Esse será um novo espaço de organização da entidade, no qual os servidores decidirão qual linha política o sindicato deve seguir. O congresso será convocado todo início de mandato, após a escolha dos representantes, que também passarão por uma nova eleição.
Os conselheiros também aproveitaram o espaço para apresentar dúvidas sobre greve. Os principais assuntos abordados foram a reposição dos dias parados e a perseguição das chefias após a greve. Os diretores do Sinsej informaram que a reposição dos dias parados entre 20 e 29 de maio será feita nos moldes de 2013. A Prefeitura prepara um projeto de lei para formalizar o acordo, incluindo também o abono dos dias 10 e 30 de maio. A secretaria de gestão de pessoas enviará um comunicado a todas as unidades autorizando a reposição a partir de 1º de agosto. O que foi já tenha sido compensado antes dessa data irá automaticamente para o banco de horas e, na prática, será considerado.
Sobre as perseguições, os conselheiros foram orientados a trabalharem pela unidade dos servidores nos locais de trabalho. Juntos, os trabalhadores devem se negar a serem coagidos e impedir que as chefias extrapolem suas funções. Os casos mais graves devem ser denunciados para que o sindicato intervenha.