Ato Público em defesa da educação

Escola, inaugurada há quatro anos, não possui estrutura para receber aparelhos de ar-condicionado I Foto: Aline Seitenfus
Escola, inaugurada há quatro anos, não possui estrutura para receber aparelhos de ar-condicionado I Foto: Aline Seitenfus

No início da tarde de hoje (9/2), servidores, pais, alunos e diretores do Sinsej realizaram um ato público por melhorias na Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger. Inaugurado há quatro anos, o prédio não possui estrutura para comportar aparelhos de ar condicionado. Somente quatro salas, de um total de 18, estão climatizadas.

A Prefeitura alega ser necessário colocar uma subestação na escola para que essa questão seja resolvida. Isso não explica, porém, a falta de ventiladores, em algumas salas, ou de cobertura para a quadra de esportes.

Durante o ano de 2014 os pais dos alunos contribuíram financeiramente para a instalação dos aparelhos de ar-condicionado. Tudo para que, no início do ano letivo de 2015, esta situação estivesse adequada. Mas não foi feito. Pais e professores mostram-se indignados com a situação e aguardam uma resposta do governo com o prazo de instalação.

Organização dos trabalhadores na Zona Sul

Na Escola Básica Plácido Xavier Vieira, no bairro Floresta, também foi a organização dos professores e da comunidade, com o apoio do Sinsej, que restabeleceu mínimas condições de estrutura para que os alunos pudessem estudar. Lá, as aulas começaram na sexta-feira (6/1), um dia atrasadas.

Esta unidade era propriedade do governo do Estado, mas foi municipalizada com a estrutura precária. Semana passada, quando as aulas deveriam recomeçar, a Prefeitura ainda não tinha concluído a reforma. Diante disso, os trabalhadores se organizaram para cobrar a aceleração das obras e recusaram-se a receber os estudantes até que uma série de problemas fossem resolvidos.

Na tarde de quinta-feira (5/2), os diretores do Sinsej visitaram a escola com os professores e conferiram as salas que precisavam de instalação de ventiladores, cortinas e lâmpadas. No fim do dia, a empreiteira ainda não havia terminado as obras e os trabalhadores decidiram que continuariam sem dar aulas no dia seguinte. Durante a noite, a comunidade se mobilizou e fez alguns reparos necessários.

Propaganda enganosa

O presidente do Sinsej afirma que a propaganda da Prefeitura sobre a educação não representa a realidade das escolas do município. “O Plácido só está funcionando em condições razoáveis devido à mobilização dos pais e professores”, ressaltou.

Ainda na Zona Sul, as obras de reforma na Escola Municipal Professor Orestes Guimarães, no Boehmerwaldt, não terminaram a tempo e as aulas ocorrem em meio às obras.

Omissão do governo

Para o Sinsej, o atraso nas reformas é irresponsabilidade do município, bem como ter assumido a gestão do Plácido Xavier Vieira após um longo período de abandono por parte do governo do Estado. Permitir que a comunidade arque com custos de reformas, por sua vez, é ainda mais inaceitável. Pais e professores devem lutar para que os governos municipal e estadual cumpram sua obrigação, garantindo uma educação pública, gratuita e de qualidade.

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